No aniversário do zootecnista, acredito ser uma oportunidade ímpar não apenas comemorarmos, mas também divulgarmos à população a importância dessa bela profissão, esclarecendo sua definição, suas atribuições e importância, como a mais jovem profissão das ciências agrárias.

No Brasil, onde o agronegócio desponta como a atividade de maior relevância econômica, na geração de emprego, renda e acumulação de riqueza, a Zootecnia participa do aperfeiçoamento técnico das cadeias produtivas animais, visando ampliar a produção e a produtividade, buscando o melhoramento genético e a alimentação mais adequada ao alcance da melhor conversão alimentar possível.

Etimologicamente, Zoo = animal, tecnia = a prática, conhecimento e arte, logo, zootecnia é a arte e a técnica, o conjunto de conhecimentos relativos à criação de animais domésticos. Esta definição data dos anos 1843, onde o conde Gasparin, na França, criou a palavra “zootechnie”.

Zootecnia era então uma disciplina dentro do curso de agronomia, mas com o passar dos anos a disciplina se transformou em profissão e passou a buscar uma evolução que objetiva ampliar a área de atuação de seus profissionais, desta forma passou a atuar com animais selvagens e até na aquicultura.

Como ciência, a zootecnia nasceu em 1848, na França, no “Instituto Agronômico de Versailles” com a criação de uma disciplina destinada ao estudo da criação de animais domésticos. O primeiro professor foi Emile Vandement, que é considerado o pai da profissão.

A disciplina evoluiu como ciência e no Brasil, a vinda de alguns professores europeus para ministrar aulas, impactou a profissão com vasto embasamento teórico.

O Professor Octávio Domingues, em 1929, definiu a zootecnia como sendo a ciência aplicada que estuda e aperfeiçoa os meios de promover a adaptação econômica do animal ao ambiente criatório, e deste ao animal. E foi com a sua ideia e o seu esforço pessoal que a materialização da profissão foi concebida, instalando-se a primeira Faculdade de Zootecnia do Brasil, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em Uruguaiana, no ano de 1966, contando com grande ajuda dos professores Mário Vilella e José Francisco Sanchotene Felice. Estava criada a Zootecnia como um curso da área de Ciências Agrárias no Brasil.

A primeira aula do curso de zootecnia ministrado no Brasil ocorreu no dia 13 de maio de 1966, por este motivo se comemora nesta data o dia do Zootecnista.

Há 50 anos, em 04/12/1968, a profissão foi regulamentada, pela lei federal 5.550.

Na Bahia, em 1982, a primeira Faculdade de Zootecnia foi instalada em Itapetinga, pelo Governo do Estado da Bahia, na Universidade Estadual do Sudoeste Baiano – Uesb, tendo como primeiro Diretor fundador, o Médico-Veterinário Ivan Costa Quaresma.

A profissão só cresceu desde então, gerando uma profusão de trabalhos científicos, de repercussão nacional e internacional, e resultados inquestionáveis ao desenvolvimento do agronegócio e da agricultura familiar e nas agroindústrias, a destacar as de alimentação animal.

Portanto, no dia 13 de maio de 2019, essa importante e jovem profissão, nos seus 53 anos de criação, merece ser festejada e comemorar será uma prazerosa obrigação.

PARABÉNS, ZOOTECNISTAS!

Altair Santana de Oliveira
Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA)