O Tenente Coronel do Exército Brasileiro, José Roberto Pinho de Andrade Lima, compartilhou sua vivência como médico veterinário militar na Missão de Paz da ONU no Haiti que foi encerrada em outubro de 2017.
A palestra foi no dia 10 de novembro e teve o título “Haiti um caso de sucesso” .
Essa conferência fez parte de um Painel organizado pela Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx), tendo o apoio do Comando de Operações Terrestres (COTER), com a finalidade de divulgar a experiência positiva das Forças Armadas Brasileiras nos 13 anos que durou a missão no Haiti.
Na plateia, cerca de 130 militares e alunos da UNIJORGE e UNIFACS puderam escutar o relato em primeira pessoa do Tenente Coronel, que empregou seus conhecimentos como médico veterinário para cuidar da saúde da tropa, zelando pela qualidade da água, da alimentação e condições sanitárias.
O militar baiano foi o primeiro médico veterinário no contingente brasileiro ali nas Antilhas, e implantou Projeto de Impacto Rápido (QIP) financiado pela ONU para produção de mudas de árvores para reflorestamento do Haiti e compensar o carbono lançado na atmosfera pelo Batalhão Brasileiro. A iniciativa inovadora foi premiada pelo MMA em 2012. Além de médico veterinário, ele tem doutorado em Saúde Pública.
100 anos da Medicina Veterinária Militar
Comemorando o centenário da Medicina Veterinária Militar, o Tenente Coronel cedeu um banner sobre o assunto. O painel está exposto no hall de entrada do CRMV/BA.
Ascom CRMV/BA 13 de novembro de 2017
As fotos da evento foram cedidas pelo Ten.Cel. José Roberto.
O Tenente Coronel do Exército Brasileiro, José Roberto Pinho de Andrade Lima, compartilhou sua vivência como médico veterinário militar na Missão de Paz da ONU no Haiti que foi encerrada em outubro de 2017.
A palestra foi no dia 10 de novembro e teve o título “Haiti um caso de sucesso” .
Essa conferência fez parte de um Painel organizado pela Escola de Formação Complementar do Exército (EsFCEx), tendo o apoio do Comando de Operações Terrestres (COTER), com a finalidade de divulgar a experiência positiva das Forças Armadas Brasileiras nos 13 anos que durou a missão no Haiti.
Na plateia, cerca de 130 militares e alunos da UNIJORGE e UNIFACS puderam escutar o relato em primeira pessoa do Tenente Coronel, que empregou seus conhecimentos como médico veterinário para cuidar da saúde da tropa, zelando pela qualidade da água, da alimentação e condições sanitárias.
O militar baiano foi o primeiro médico veterinário no contingente brasileiro ali nas Antilhas, e implantou Projeto de Impacto Rápido (QIP) financiado pela ONU para produção de mudas de árvores para reflorestamento do Haiti e compensar o carbono lançado na atmosfera pelo Batalhão Brasileiro. A iniciativa inovadora foi premiada pelo MMA em 2012. Além de médico veterinário, ele tem doutorado em Saúde Pública.
100 anos da Medicina Veterinária Militar
Comemorando o centenário da Medicina Veterinária Militar, o Tenente Coronel cedeu um banner sobre o assunto. O painel está exposto no hall de entrada do CRMV/BA.
Ascom CRMV/BA 13 de novembro de 2017
As fotos da evento foram cedidas pelo Ten.Cel. José Roberto.
Com o objetivo de debater o desafio da gestão da fauna invasora no Brasil, médicos veterinários e zootecnistas se reúnem nesta semana no II Fórum das Comissões Nacional e Regionais de Animais Selvagens do Sistema CFMV/CRMVs. O evento, iniciado nesta segunda-feira (6/11) na sede do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em Brasília (DF), atraiu profissionais de 11 estados, que discutiram casos em que a introdução de espécies exóticas no território brasileiro representa uma ameaça ao meio-ambiente e à saúde pública.
O Presidente do CFMV, Benedito Fortes de Arruda, ressaltou na abertura do evento a importância dos médicos veterinários e zootecnistas para a preservação do equilíbrio ambiental. “Temos a consciência de que os animais selvagens têm uma importância extremamente fundamental para a existência de todas as espécies animais e vegetais, e existe a necessidade de os médicos veterinários e zootecnistas manterem esse equilíbrio, não só no que diz respeito ao bem-estar animal, mas também à ecologia e à prevenção de doenças”, ressaltou Arruda.
II Fórum das Comissões Nacional e Regionais de Animais Selvagens do Sistema CFMV/CRMVs. Foto: Ascom/CFMV
Espécies invasoras representam um grave problema ambiental, social e econômico em diferentes regiões do mundo. São animais retirados de suas regiões naturais e introduzidos em outras regiões acidentalmente, por meio do tráfico internacional de animais silvestres, ou devido à falta de controle sobre iniciativas de criação com fins comerciais. Mudanças causadas pelo crescimento urbano, como o desmatamento, também levam a esse desequilíbrio, forçando populações para fora de suas áreas de origem e abrindo espaço para espécies exóticas.
Esses animais competem com as populações nativas, tornam-se predadores perigosos e disseminam doenças. “Essas espécies invasoras afetam diretamente a biodiversidade e a saúde humana. Esse processo vem desde a colonização, com o transporte de roedores, por exemplo, e continua até hoje”, alerta Carlos Eduardo do Prado Saad, zootecnista e presidente da Comissão Nacional de Animais Selvagens do CFMV (CNAS). Saad aponta que projeções estimam um prejuízo econômico de até US$ 1,4 trilhão causado pelas espécies invasoras, o equivalente a 5% da economia mundial.
Carlos Eduardo do Prado Saad, Presidente da CNAS. Foto: Ascom/CFMV
Alguns exemplos dessas espécies no Brasil são o búfalo d’água e o javali, que foram inicialmente trazidos ao país para produção, mas se tornaram asselvajados, representando hoje uma séria ameaça ao meio-ambiente e à segurança da população. Métodos de controle dessas espécies, como a caça, são atualmente objeto de debate entre profissionais de diversas áreas e representantes do governo. “O controle está ligado com doenças, produção e meio-ambiente. O objetivo é mitigar os impactos negativos”, resumiu Valéria Natascha Teixeira, integrante da CNAS, que participa da elaboração do Plano Javali, do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Valéria Natascha Teixeira, integrante da CNAS. Foto: Ascom/CFMV
Teixeira falou aos participantes do evento sobre os esforços multidisciplinares tomados no país para o combate à proliferação dessa que é considerada uma das piores espécies invasoras do mundo, e mencionou os obstáculos ambientais, legislativos e técnicos para a adoção de medidas mais eficientes para o controle do javali no Brasil. “Não pensamos em extinguir o javali do nosso território, mas em evitar que os problemas causados por eles sejam maiores”, ressaltou a médica veterinária.
Gestão
Os participantes do fórum também tiveram a oportunidade de falar não somente sobre o controle de espécies invasoras, mas também a respeito de outras questões relativas aos animais selvagens que têm sido contempladas pelos planos de ação dos conselhos regionais. Os representantes do CFMV e dos CRMVs partilharam com os colegas as experiências positivas de cada CRMV em busca do aprimoramento profissional e as iniciativas realizadas junto ao governo e à população, além dos desafios enfrentados em cada região.
Isaac Albuquerque, integrante da CNAS e presidente da CRASMA/CRMV-AL. Foto: Ascom/CFMV
“Nós procuramos promover e estarmos inseridos nas ações que já são cumpridas no estado, contribuindo e tentando estar mais próximos da realidade estadual sobre as questões relacionadas à temática de animais selvagens e do meio ambiente”, contou Issac Albuquerque, integrante da CNAS e presidente da Comissão Regional de Animais Silvestres e Meio Ambiente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado de Alagoas (CRMV-AL).
Débora Rochelly, integrante da CNAS. Foto: Ascom/CFMV
Entre os focos da CNAS/CFMV na última gestão estão a realização de ações educativas, a valorização e o aprimoramento dos responsáveis técnicos, e a adesão dos Conselhos Regionais ao trabalho estratégico na área de animais selvagens. “O objetivo do CFMV é expandir a Comissão de Animais Selvagens dentro dos outros estados. Percebemos que houve um aumento do número de comissões regionais, e isso é muito importante. O nosso objetivo é ter representatividade em todos os estados”, ressaltou Débora Rochelly Alves Ferreira, integrante da CNAS. Visite a Galeria de Mídia e confira mais imagens do evento
A Sociedade de Medicina Veterinária da Bahia promoveu entre os dias 04 a 11 de novembro um curso intensivo para o concurso de auditor do MAPA 2017 e um treinamento sobre o novo RIISPOA, Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal.
O programa foi ministrado pelo MV Fernando Fagundes Fernandes – AFFA/MAPA e pelo MV Ronaldo Gil Pereira- AFFA/MAPA (aposentado), profissionais que estão atualizados com as mudanças no setor.
MV Isis Nicory, em preparação para o concurso do MAPA
A médica veterinária Isis Nicory contou que se inscreveu no curso com dois objetivos e detalhou: “o foco principal é o concurso do Mapa, principalmente as mudanças recentes da legislação. Creio que os professores são pessoas que estão atualizadas e conhecem essas mudanças. Porém, além da preparação para a prova, tem a atualização do conteúdo pois rege atividades práticas em abatedouros e locais que manipulam alimentos de origem animal”.
MV Ana Elisa Almeida, presidente do CRMV/BA e o MV Ronaldo Gil Pereira, um dos professores do curso
O MV Ronaldo Gil Pereira, com experiência de 40 anos no setor, explicou que a base do curso é o edital do Mapa. Ele ressaltou as dificuldades de condensar os tópicos de inspeção, normalmente lecionados em cursos de três meses, em um curso intensivo, mas não tem dúvidas que a demanda foi atendida.
Este intensivo foi uma excepcionalidade para a Bahia, inclusive, ao contrário do que normalmente ocorre, as apostilas foram cedidas sem custo para os participantes. Para o Dr. Ronaldo Pereira, “o importante é que todos sejam aprovados”.
O documento com perguntas e respostas sobre a Leishmaniose Visceral Canina (LVC) foi atualizado, em setembro, pela Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CNSPV/CFMV). A atualização foi feita levando em conta a autorização do registro do produto Milteforan, indicado para o tratamento da LVC, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
No documento, a CNSPV esclarece a permissão do uso do Milteforan no tratamento individual de cães com diagnóstico laboratorial confirmado para LVC. Também esclarece que o registro do fármaco não inviabiliza o cumprimento da Portaria Interministerial nº 1426/2008 e que continua proibido o tratamento da LVC em cães infectados ou doentes, com produtos de uso humano ou não registrados no Mapa.
O documento ressalta ainda que o produto não provoca a cura parasitológica para a doença e sim que alguns estudos demonstram, com seu uso, o declínio da carga parasitária e a redução do potencial de infecção e transmissibilidade da doença.
Em relação à eutanásia, a CNSPV explica que somente os cães positivos que estiverem em tratamento exclusivamente com o Milteforan não precisarão ser submetidos à eutanásia.
O evento começou ontem (06/11) e vai até amanhã (08/11) em Brasília. Os participantes são membros das comissões nacional e de cada Regional do Sistema CFMV-CRMVs.
A médica veterinária e professora Débora Malta (na foto acima é a primeira da direita) é a representante do CRMV/BA no evento.
O principal objetivo do fórum é a integração entre as comissões e como resultado, a formulação de um plano de ação para o tema do evento : “Gestão da fauna invasora no Brasil”.
A sanção, com vetos, da Lei 13.502 – que estabelece a organização básica dos órgãos da Presidência da República e Ministérios – manteve todas as questões relativas à sanidade na Aquicultura com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Havia uma preocupação, já que tal assunto estava, anteriormente, colocado como de competência da Secretaria Especial de Aquicultura e da Pesca, vinculada à Presidência da República.
O veto foi uma vitória da Medicina Veterinária já que, a sanidade dos organismos aquáticos é privativa do médico veterinário. Entre outras questões, caberá à Seap apenas a Análise de Risco de Importação (ARI) de produtos pesqueiros vivos, resfriados, congelados e derivados.
No entanto, o Ministério da Agricultura terá a prerrogativa de autorizar as importações e poderá considerar, ou não, o resultado da análise feita pela Secretaria.
O veto ao inciso V do artigo 12 da lei foi fruto de um intenso trabalho de articulação política do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) com o Congresso Nacional e Poder Executivo. Em outubro deste ano, o CFMV chegou a enviar um ofício aos Senadores da República solicitando a rejeição da criação da Seap e do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca, ambos previstos na Medida Provisória nº 782.
Na avaliação do CFMV, não há justificativas para a criação de órgãos específicos subordinados diretamente à Presidência. Assim como seus temas correlatos deveriam permanecer sob a autoridade do Mapa.
“Não existe braço operacional nos estados para executar as ações de sanidade em animais aquáticos e não há sequer um médico veterinário no seu quadro institucional”, afirma Eduardo de Azevedo, presidente do Grupo de Trabalho de Aquicultura do CFMV.
O Conselho alertou que o redirecionamento das competências relacionadas à sanidade pesqueira para os novos órgãos traria “riscos e prejuízos imensuráveis” para a saúde humana e animal, assim como para as relações econômicas e comerciais internas e internacionais.
O médico veterinário é o único profissional habilitado para atividades de sanidade na aquicultura. O profissional detém qualificações e competências para atuar em todas as etapas das cadeias produtivas, nas suas complexidades e no domínio das várias interfaces que compõem as soluções e a biossegurança do setor produtivo.
“Foi uma vitória. Agora, vamos fortalecer a atuação do médico veterinário na aquicultura no Sistema CFMV/CRMVs. Esperamos que a políticas públicas de sanidade de animais aquáticos se desenvolvam no Mapa e nos órgãos executores de sanidade animal nos estados”, relata Eduardo.
A sanção, com vetos, da Lei 13.502 – que estabelece a organização básica dos órgãos da Presidência da República e Ministérios – manteve todas as questões relativas à sanidade na Aquicultura com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Havia uma preocupação, já que tal assunto estava, anteriormente, colocado como de competência da Secretaria Especial de Aquicultura e da Pesca, vinculada à Presidência da República.
O veto foi uma vitória da Medicina Veterinária já que, a sanidade dos organismos aquáticos é privativa do médico veterinário. Entre outras questões, caberá à Seap apenas a Análise de Risco de Importação (ARI) de produtos pesqueiros vivos, resfriados, congelados e derivados.
No entanto, o Ministério da Agricultura terá a prerrogativa de autorizar as importações e poderá considerar, ou não, o resultado da análise feita pela Secretaria.
O veto ao inciso V do artigo 12 da lei foi fruto de um intenso trabalho de articulação política do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) com o Congresso Nacional e Poder Executivo. Em outubro deste ano, o CFMV chegou a enviar um ofício aos Senadores da República solicitando a rejeição da criação da Seap e do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca, ambos previstos na Medida Provisória nº 782.
Na avaliação do CFMV, não há justificativas para a criação de órgãos específicos subordinados diretamente à Presidência. Assim como seus temas correlatos deveriam permanecer sob a autoridade do Mapa.
“Não existe braço operacional nos estados para executar as ações de sanidade em animais aquáticos e não há sequer um médico veterinário no seu quadro institucional”, afirma Eduardo de Azevedo, presidente do Grupo de Trabalho de Aquicultura do CFMV.
O Conselho alertou que o redirecionamento das competências relacionadas à sanidade pesqueira para os novos órgãos traria “riscos e prejuízos imensuráveis” para a saúde humana e animal, assim como para as relações econômicas e comerciais internas e internacionais.
O médico veterinário é o único profissional habilitado para atividades de sanidade na aquicultura. O profissional detém qualificações e competências para atuar em todas as etapas das cadeias produtivas, nas suas complexidades e no domínio das várias interfaces que compõem as soluções e a biossegurança do setor produtivo.
“Foi uma vitória. Agora, vamos fortalecer a atuação do médico veterinário na aquicultura no Sistema CFMV/CRMVs. Esperamos que a políticas públicas de sanidade de animais aquáticos se desenvolvam no Mapa e nos órgãos executores de sanidade animal nos estados”, relata Eduardo.
Com o objetivo de consolidar e facilitar o compartilhamento de informações referentes à ocorrência das doenças de maior importância em saúde animal, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou um novo portal da Coordenação de Informação e Epidemiologia (CIEP). A página centraliza as informações necessárias para o processo de notificação obrigatória de doenças ao Serviço Veterinário Oficial (SVO), e também oferece um sistema de busca para o acesso ao histórico dessas ocorrências no país.
O portal CIEP disponibiliza a versão mais recente da lista de doenças de notificação obrigatória, de acordo com a Instrução Normativa nº 50/2013 do Mapa, além dos instrumentos necessários para o processo de notificação: os formulários para download, instruções e contatos dos pontos focais responsáveis pelo Sistema de Informação e Epidemiologia em cada estado.
A notificação de qualquer doença deve ser feita diretamente ao Serviço Veterinário Oficial do estado onde o evento ocorreu por meio dos contatos disponibilizados na página da CIEP. “A notificação imediata e dirigida aos responsáveis mais próximos pela investigação em cada estado permitem um atendimento mais rápido e aplicação das medidas necessárias para confirmação e contenção da doença, se for necessário”, explica Márcia Mourão, médica veterinária e Coordenadora de Informação e Epidemiologia do Mapa.
O fluxo do sistema de informação em saúde animal prevê que a notificação ao Serviço Veterinário Oficial deve ser realizada por qualquer pessoa que tenha conhecimento de doenças nos animais, mas os médicos veterinários têm um papel fundamental nesse processo (veja informações ao final do texto). “Devido à sua competência na área de saúde animal, eles têm a responsabilidade de notificar a suspeita de qualquer doença que esteja inscrita na Lista de Doenças de Notificação Obrigatória”, explica Márcia Mourão.
Essas informações fornecem subsídios para as estratégias de vigilância em saúde animal e para os relatórios encaminhados à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e outras entidades e parceiros comerciais no agronegócio. Também é através dos registros de notificações que é possível conhecer a distribuição e o maior risco de determinadas doenças, assim como estabelecer planos para o seu controle e erradicação, de forma a assegurar a saúde animal e pública.
A integração e o compartilhamento de informações são essenciais na detecção, prevenção, controle e comunicação de risco das zoonoses, por exemplo. “A abordagem da Saúde Única requer o envolvimento e colaboração de todos os atores que participam da vigilância e diagnóstico de doenças animais e saúde pública, em todos os níveis, desde o local até o nacional”, ressalta Márcia Mourão.
Sistema online
Atualmente, a notificação das doenças passíveis de aplicação de medidas de defesa sanitária animal listadas na Instrução Normativa nº 50 deve ser feita ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) pessoalmente, por meio das Unidades veterinárias locais (UVL), ou ainda ao Serviço Veterinário Estadual (SVE) ou à Superintendência Federal de Agricultura (SFA), por telefone ou e-mail.
Desde a publicação da IN 50, há quatro anos, aguarda-se a criação de um meio eletrônico voltado especialmente para o registro das notificações. Em 2018, a Coordenação espera concluir o desenvolvimento desse sistema que vai permitir a notificação por meio de um formulário eletrônico, de forma totalmente online. O Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (Sisbravet) encaminhará a notificação automaticamente ao médico veterinário da Unidade Veterinária Local (UVL) responsável pela investigação.
“É de fundamental importância que a gente tenha esse sistema digital, porque vai facilitar, vai ser mais ágil, mais rápidos, vai ficar mais fácil para o colega”, avalia Adriana Vieira, integrante da Comissão Nacional de Saúde Pública Veterinária (CNSPV/CFMV). “Esperamos esse sistema que vai agilizar muito o fluxo e, quanto mais rápido a gente saiba do problema, mais rápido serão tomadas medidas de defesa”, ressalta Vieira.
Adriana Vieira reforça a importância da notificação obrigatória das doenças listadas na IN 50, e destaca o papel do médico veterinário neste processo. “É muito importante que os médicos veterinários saibam quais são essas doenças pensando justamente na Saúde Única, em que temos de considerar os componentes ambiental, animal e humano. Temos de estar atentos, seguir os prazos e notificar o mais rapidamente possível, para que possamos manter o equilíbrio nessa interação, e não tenhamos problemas na saúde pública, desequilíbrio ambiental ou perdas na produção”, descreve a integrante da CNSPV.
Consulta e pesquisa
Por enquanto, apenas a consulta aos dados epidemiológicos está disponível por meio de um sistema eletrônico. A partir do novo site da CIEP, as informações epidemiológicas provenientes das notificações do SVO e outros registros do Mapa podem ser consultadas diretamente pelos próprios médicos veterinários e outros profissionais.
Graças à criação de uma nova ferramenta online, é possível acessar os boletins anuais da ocorrência de doenças animais no Brasil, os primeiros registros nacionais das enfermidades de impacto aos rebanhos nacionais, informes zoosanitários do Brasil dos últimos três anos e links de base de dados relacionados à agropecuária brasileira. Para doenças presentes no país, os dados serão atualizados semestralmente. Para enfermidades consideradas excepcionais, as informações serão incluídas conforme ocorram as confirmações dos focos.
A ferramenta interativa permite a busca de informações e a construção de tabelas e gráficos do histórico epidemiológico das principais doenças animais. Os dados de uma série histórica podem ser usados para apoiar a elaboração, implantação, avaliação e tomada de decisões sobre estratégias e ações de vigilância, prevenção, controle e erradicação de doenças animais, além de subsidiar certificações zoossanitárias junto a organizações internacionais, países ou blocos econômicos que mantém relações comerciais com o Brasil.
Sobre a notificação
O que notificar
Doenças que constam da lista de doenças de notificação obrigatória, publicadas na Instrução Normativa nº 50/2013
Como realizar a notificação
Médicos veterinários e demais cidadãos que tiverem conhecimento da ocorrência de suspeita ou confirmação de doenças listadas na IN nº 50 devem fazê-lo em qualquer unidade local, regional, central ou federal do Serviço Veterinário Oficial. O DSA disponibiliza os contatos dos pontos focais de informação e epidemiologia em cada estado, que podem ser acionados em caso de dúvidas
Exigências
Não existe nenhum documento obrigatório, mas é necessário apresentar as informações básicas sobre o evento, como: qual doença, tipos de sinais clínicos observados, localização dos animais doentes, data da detecção da suspeita, e a apresentação de laudo de teste de diagnóstico laboratorial, se houver. No site da DSA também está disponível o FORM NOTIFICA, que padroniza o processo. Os prazos e periodicidade de notificação se referem às próprias categorias da lista da IN nº 50.
Foi aberta nesta segunda-feira (06/11), em Salvador, mais uma edição do curso de diagnóstico por ultrassonografia na reprodução bovina e equina.
O evento foi prestigiado pelo ex-ministro interino da Integração Nacional ( 2016) e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV) MV Josélio Moura , pelo superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Secretária da Agricultura da Bahia, MV Adriano Bouzas e pelo Tenente-Coronel do Exército Brasileiro, MV José Roberto Pinho de Andrade Lima.
A atividade começou com a exibição do vídeo “25 anos de emoções” que mostra alguns dos momentos marcantes da trajetória do projeto e também da trajetória pessoal do seu idealizador, o professor doutor MV José Carlos de Andrade Moura, desde o início em 1992 até a atualidade.
O Dr. Josélio Moura (foto acima) foi o primeiro a falar aos participantes. Ele fez uma retrospectiva das últimas cinco décadas da Medicina Veterinária no país e afirmou que são a agricultura e a pecuária que deixam a nossa balança comercial equilibrada.
Na sequência falaram o Dr. Bouzas e o Tenente-Coronel José Roberto, destacando a importância do curso para os participantes e para o aprimoramento da Medicina Veterinária de diagnósticos.
Entre os inscritos, havia médicos/as veterinários/as de várias instituições de ensino da Bahia, Ceará, Sergipe e Pernambuco. Alguns com certa experiência e outros/as dispostos/as a desbravar um novo campo de conhecimento.
Além das edições realizadas em Salvador, o projeto já foi ministrado em outros estados da federação e no exterior.
O curso tem 57 horas de duração divididas entre aulas teóricas (na sede do CRMV/BA) e aulas práticas tendo sido ministrado entre os dias 06 a 11 de novembro de 2017
Para o professor doutor MV José Carlos de Andrade Moura, a iniciativa “tornou-se uma referência para a pecuária nacional e vem contribuindo com o desenvolvimento não só da Medicina Veterinária como também para o agronegócio brasileiro”.
Ascom CRMV/BA, 06 de novembro de 2017
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