22 de janeiro de 2020
Em parecer técnico, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) sugere que sejam proibidas as práticas conhecidas como “ponta de fogo” e “aplicação de cáusticos” em equinos, especialmente nos hipódromos brasileiros, seguindo as recomendações dos órgãos reguladores internacionais, como a Federação Internacional de Autoridades Hípicas (IFHA, sigla em inglês), a Federação Eqüestre Internacional (FEI) e a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
As duas práticas consistem em cauterizações, especialmente para inflamações ósseas. Enquanto a ponta de fogo usa ferro quente, a aplicação de cáusticos consiste na administração de substâncias químicas nas patas e cascos dos cavalos.
Bem-estar animal
Por serem consideradas práticas ultrapassadas que provocam dor prolongada e sofrimento nos animais, o CFMV orienta os profissionais a utilizarem práticas mais atualizadas, respeitando o bem-estar animal como estabelece a Resolução CFMV nº 1.236/2018, de forma a preservar mercados e dar credibilidade a atividade no país.
O parecer técnico ainda justifica que o código de ética do médico-veterinário estabelece como princípios fundamentais para o exercício profissional “empenhar-se para melhorar as condições de bem-estar, saúde animal, humana, ambiental e os padrões de serviços médicos-veterinários” e “usar procedimentos humanitários preservando o bem-estar animal evitando sofrimento e dor”.
Com a iniciativa, o CFMV visa estimular que os órgãos brasileiros normatizem o fim dessas práticas e inicie o debate sobre a regulamentação pelo próprio Sistema CFMV/CRMVs voltada ao exercício profissional.
Assessoria de Comunicação do CFMV