Quando o assunto é o bem-estar animal, a preocupação é sempre a mesma. Tutores, criadores, empresários e sociedades estão atentos às condições de saúde e comportamentais dos animais. Essa preocupação ficou ainda mais evidente com a aprovação pelo Senado do projeto de lei que reconhece os animais como seres sencientes, ou seja, dotados de natureza biológica e emocional e passíveis de sofrimento e não mais como bens móveis, equivalentes a objetos, conforme destaca o artigo 82 do Código Civil.

Mas como garantir que os cinco domínios do bem-estar animal (nutrição, ambiente, saúde, comportamento e os estados mentais) sejam cumpridos e respeitados em tempo integral? Pensando nessa pergunta e também em outras bem simples sobre o manejo de animais, mas que por falta de dados e a necessidade de tempo amplo de pesquisa e observação demoram a ser respondidas que um grupo de pesquisadores desenvolveu a Argos, uma plataforma de monitoramento e promoção de Bem Estar-Animal com tecnologia de inteligência artificial aliada às facilidades da internet das coisas.

A Plataforma Argos é capaz de analisar parâmetros do microclima, como temperatura, umidade, pressão atmosférica e luminosidade, por exemplo, e gerar análises sobre como esses fatores impactam no comportamento e bem-estar dos animais monitorados.

“Trabalhamos com quatro eixos de atuação e com uma precisão muito maior tanto individual, quanto para o rebanho e também em multiespécies, com uma tecnologia exclusiva e a inteligência artificial (Gaia) treinada para analisar os animais a partir do comportamento esperado e definido”, explica Gerson Norberto, médico-veterinário e responsável pela área de Inteligência de Negócios da Argos.

Assegurar o bem-estar de animais manejados sob cuidados humanos e também a economicidade operacional é um dos principais desafios da Argos, que desenvolve soluções voltadas ao bem-estar e comportamento de animais de companhia, de pesquisa, e de produção e em benefício da conservação da fauna silvestre.

“As estações de monitoramento coletam os dados do microclima de forma passiva e ativa. Esses dados são consolidados e exibidos de maneira individualizadas. A partir daí, entra a inteligência artificial para analisar as imagens do animal monitorado e realizar uma correlação com os dados climáticos e gerar análise de comportamento animal e as amostragens sistemáticas, os chamados etogramas, essenciais para a compreensão sobre o manejo animal. Esse monitoramento é feito de maneira integral, 24 horas por dia, sete dias por semana”, detalha.

Lançada em maio de 2020, os desenvolvedores agora buscam integrar a Argos a outras plataformas, ampliando a base de informações e facilitando a geração de relatórios com as certificadoras. “Os relatórios da Argos estão alinhados com certificações nacionais, internacionais e com a academia. Queremos entregar um serviço cada vez mais completo e diferenciado em que a solução apresentada auxilie os clientes tanto no manejo dos animais, quanto na entrega de resultados”, finaliza.

Mais informações sobre a Argos podem ser encontradas no site: www.argos.eco.br.

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