Profissionais e estudantes de Medicina Veterinária participaram da abertura do I Simpósio de Infectologia Veterinária da Bahia (Sinvet), no auditório do Pavilhão de Aulas Glauber Rocha (Paf III) da Universidade Federal da Bahia, em Ondina, entre os dias 12 a 14 de setembro de 2019.
A idealizadora do Simpósio, a professora-doutora Nadia Rossi, explicou que “nunca tivemos um evento na área de infectologia veterinária antes. Essa proposta é voltada não só para profissionais, uma forma de atualização, mas também a contribuição do aluno para que ele realmente se inteire e se atualize das principais doenças infecciosas em animais de companhia”.
Falando de fungos, hemoparasitas e protozoários que atacam animais de companhia, os palestrantes compartilharam suas experiências de clínica ou pesquisa no evento organizado pela Sociedade de Medicina Veterinária da Bahia (SMVBA) e pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA).
Precoce
Doutor pela Universidade Federal do Paraná, o médico-veterinário Marconi Farias, professor da PUC- Paraná, entre outros tópicos, externou preocupação com a resistência de antimicrobianos no tratamento de algumas enfermidades veterinárias.
Para ele, o evento é uma “iniciativa excelente (…), no intuito de chamar atenção para doenças que têm grande importância em termos de saúde coletiva. São doenças que podem acometer animais e seres humanos em grande proporções e geralmente são negligenciadas. Elas devem ser diagnosticadas de maneira precoce e acompanhadas e controladas pensando sempre em Saúde Única”, acredita.
Falando a um auditório repleto, o médico-veterinário Aroldo Borges, membro da Comissão Estadual de Saúde Pública (CESP), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), alertou sobre a importância de comunicar às pessoas que no caso da esporotricose, o gato não é um vilão e sim uma vítima do fungo.
Ele explica ainda que “a infectologia veterinária é importante para a Saúde Pública, porque mais de 70% das doenças das doenças infecciosas que atingem as pessoas tem origem em animais. A visão da Saúde Única, a saúde humana integrada à saúde animal e a saúde ambiental é para que a gente consiga de fato encontrar soluções de maneira mais rápida para os problemas que a gente enfrenta, tanto problemas que afligem a saúde humana, quanto problemas que afligem os animais”.
Clínica Fechada
Membro da Comissão Estadual de Saúde Pública (CESP), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), o médico-veterinário André Ungar, após ouvir o colega explanar sobre esporotricose, disse que estava no evento para “tomar conhecimento do grau que está essa doença, a evolução dela está muito grande. Eu acho que todos os colegas devem se preocupar em notificar, em orientar a população, como nós fazemos no bairro onde trabalhamos, falando dos riscos da doença, da necessidade de tratar os animais precocemente”. Ele disse que deixa a clínica fechada, mas não perde uma oportunidade de buscar conhecimento.
Durante o evento, doenças como Erliquiose, babesiose canina, leishmaniose, anemia infecciosa, toxoplasmose, peritonite infecciosa felina, as retroviroses felinas, leptospirose e microplasmose tiverem palestras (na quinta e sexta-feira) e minicursos (anunciados para o sábado).
Para conferir fotos do evento clique na pagina oficial do CRMV/BA.