História da Medicina Veterinária é destacada em Aula Magna
18 de agosto de 2025
Convidado pela coordenadora do curso de Medicina Veterinária, Aline Quintela, o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), Lúcio Leopoldo, ministrou uma aula magna na Unifacs.
O evento acadêmico foi realizado na manhã da sexta-feira (15 de agosto), no campus Tancredo Neves e marcou o começo das aulas do segundo semestre.
Com capacidade para 150 pessoas, o auditório ficou lotado de estudantes em diversos estágios do curso. Alguns, do período noturno, já sinalizaram à coordenação que desejam a mesma oportunidade de ouvir o presidente do CRMV/BA.
Tendo longa experiência em sala de aula, Lúcio Leopoldo fez um painel da História da Medicina Veterinária, iniciando pelos primórdios da humanidade e suas alianças com os demais animais para conseguir alimentos, passando pela antiguidade, idade média indo até o período Vargas, em 1933, quando o Decreto nº 23.133 regulamentou a profissão de médico-veterinário.
Outras datas citadas por ele foram 1761, ano da criação da primeira Escola de Medicina Veterinária em Lyon na França, por Claude Bourgelat; 1913, fundação da primeira escola de Medicina Veterinária no Brasil, no Rio de Janeiro, com o nome de Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária [criada pelo Decreto nº 8.319 de 20 de outubro de 1910]; 1951, ano da criação da Escola de Medicina Veterinária pela Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio do Estado da Bahia e 1967, ano que a escola foi efetivamente federalizada, sendo parte da Universidade Federal da Bahia.
Constituição de 1988
Tendo formação jurídica, além de médico-veterinário, o palestrante destacou a importância da Constituição de 1988 para a sociedade e para a Medicina Veterinária . Segundo relatou, ainda nos anos 1988 na Medicina Veterinária do estado só haviam dois caminhos: clínica de grandes e clínica de pequenos.
Com o empoderamento dos municípios, uma consequência foi o aumento da demanda dos serviços de médicos-veterinários no combate às zoonoses e na vigilância sanitária, por exemplo. Em janeiro de 1999, o estado da Bahia criou a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), incrementando a demanda por profissionais de Medicina Veterinária.
Para uma plateia jovem e interessada, Leopoldo explicou que as transformações sociais no país trouxeram muitas oportunidades e também desafios. “Hoje são quase cem áreas nas quais o médico-veterinário pode atuar, mas este trabalho deve ser feito buscando a qualificação além da graduação”, explicou.
O papel de um Conselho de classe também foi detalhado. “Um Conselho é o estado regulamentando, fiscalizando e orientando os profissionais. Diferente de um sindicato que é criado para defender os direitos dos trabalhadores”, explicou.
Ao término da atividade, o presidente foi convidado a visitar as instalações da clínica-escola, na qual encontrou colegas e ex-alunos, sendo cumprimentando por todos.
“Hoje estamos iniciando mais um semestre letivo e acredito que não tem maneira mais importante, mais altiva e mais ética de iniciar o semestre com calouros de Medicina Veterinária, do que contando com a presença do nosso ilustríssimo presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia, Dr. Lúcio Leopoldo, para falar de nossa profissão, sobre ética e princilpalmente sobre o papel do Conselho” explicou Quintela sobre o motivo do convite ao Regional baiano.
Ascom CRMV/BA, 15 de agosto de 2025