A população deve ficar alerta para os perigos causados pela chuva que caiu na cidade nos últimos dias. Desde segunda-feira (25/11) a cidade entrou em alerta máximo, tendo a Codesal (Defesa Civil de Salvador) acionado dez das onze sirenes que avisam quando a chuva ultrapassa 150 mm. Tanta água preocupa a Comissão Estadual de Saúde Pública (CESP), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), pois além de enchentes, engarrafamentos e desabamentos, aumenta o risco de infecções diversas.
Uma das mais comuns é a leptospirose, causada pela bactéria Leptospira, encontrada mais comumente na urina de ratos.
O presidente da CESP/ CRMV-BA, o médico-veterinário José Eduardo Ungar de Sá, alerta também para o risco de contato acidental com animais peçonhentos, como cobras, escorpiões e aranhas.
Conhecendo a situação social de Salvador e Região Metropolitana, sabe-se que o contato com água contaminada pode ser inevitável quando esta invade residências e ambientes de trabalho localizados em locais inundáveis. Mas, levando-se em conta a alta mortalidade da doença (que pode matar quatro em cada dez pessoas atingidas), a CESP/ CRMV-BA recomenda que as situações nas quais esse contato seja possível de ser evitado, a população assim o faça.
Ao médicos-veterinários, a CESP/ CRMV-BA reitera a necessidade de comunicar casos suspeitos ou confirmados das doenças de notificação obrigatória.
Imagens preocupantes nas redes sociais e na tv dão conta de homens nadando, usando caiaque ou jet sky no meio da enxurrada. A água acumulada tem fezes humanas e de animais, carcaças, chorume e outras substâncias de potencial risco infeccioso. A recomendação expressa é que evite -quando possível- o contato com essa água. E no caso inevitável, que a população tente encontrar água limpa com cloro para lavar as partes que foram tocadas pelo esgoto-enxurrada e busque água filtrada ou fervida para o consumo e lavagem de alimentos.
Se cuide, a saúde é seu maior bem.