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Josélio Moura

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Abramvet faz homenagem para Wilma Franco

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Foi divulgado hoje um texto da Academia Brasileira de Medicina Veterinária (Abramvet) em homenagem à doutora Wilma Franco.

Estão expressos no manifesto sentimentos de respeito, gratidão e admiração do presidente da instituição, Josélio de Andrade Moura, à professora, colega de profissão e amiga, Wilma de Albuquerque Franco.

A profissional faleceu em 12 de fevereiro de 2025 aos 91 anos, sendo cremada no dia seguinte.

Na cerimônia de despedida, observou-se a presença de muitos professores e professores aposentados da Ufba, do diretor da Escola de Medicina e Veterinária e Zootecnia, Rodrigo Bittencourt, ex-alunos, filhos, netos, bisnetos, amigos, colegas, admiradores.

Também estiveram na despedida o presidente do CRMV/BA, Lúcio Leopoldo, a secretária-geral  Lívia  Peralva, o tesoureiro Rui Leal, os conselheiros Maria Tereza Mascarenhas,  Willadesmon Silva, Carmo Biscarde (entre outros) e colaboradores do Conselho Regional de Medicina Veterinária.

Os presidentes da Sociedade de Medicina Veterinária da Bahia (SMVBA), Ricardo Guerra, e da Academia de Medicina Veterinária da Bahia (Abamev), Paulo Emílio Torres também estavam entre os presentes.

 

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Prestigiado por amigos e autoridades, Josélio Moura ingressa na galeria presidencial do CRMV/BA

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Em cerimônia especial conduzida pelo presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), Altair Santana de Oliveira, foi incluído na galeria de ex-presidentes da Autarquia o professor doutor Josélio de Andrade Moura, no dia 18/12/2024.

Entre 13 de maio a 22 outubro de 1974, Josélio Moura foi presidente do Regional Bahia substituindo o então gestor René Dubois (eleito nos triênios 1972-1975 e 1975-1978) que  desincompatilizou-se da presidência para concorrer às eleições parlamentares do estado naquele ano.

Altair Santana de Oliveira trouxe um breve currículo da extensa trajetória do homenageado, que foi Ministro de Estado da Integração Nacional (2016) e presidente dos conselhos deliberativos da SUDAM, SUDENE e da SUDECO. “Entre tantos profissionais talentosos que conhecemos, Josélio é um dos que se sobressaem aos demais. Ocupando o mais alto cargo da Defesa Sanitária Animal brasileira registrou seu nome na História do país e hoje o CRMV/BA faz um reparo necessário à História da nossa entidade ”, ressalta Altair.

Nos anos 1980 ele fez parte do grupo fundador da Academia Brasileira de Medicina Veterinária (ABRAMVET), sendo presidente da instituição no triênio 2019-2022, e  reeleito, permanecerá à frente da instituição até 2028.

Com apoio da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), o evento foi transmitido ao vivo pelo Youtube. A solenidade se transformou em um grande encontro de autoridades, amigos e admiradores  (veja a lista abaixo).

Emevz  

De memória excepcional, o homenageado fez uma palestra com o  tema “Importância da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia na erradicação da Peste Suína Africana no Brasil’.

Fundamentando historicamente com fotos e documentação legal, mostrou que o grupo que traçou   e executou as ações que erradicaram a Peste Suína Africana (PSA) teve sua formação na Emevz-Ufba.  Dando o devido crédito, Josélio chamou atenção para o papel de liderança, visão científica e ousadia visionária das ações do médico-veterinário José Alberto da Silva Lira em 1978, como Secretário Nacional de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. Vale notar que Lira também foi presidente do CRMV/BA (triênio 1981-1984) e foi relevante no Grupo Executivo de Erradicação da Febre Aftosa na Bahia (Gerfab), criado em 1968.

Mostrou-se na palestra que as ações foram conexas ao trabalho intelectual para montar o quebra-cabeças de onde a PSA teria surgido no Brasil – no Estado do Rio de Janeiro -, de como teria chegado ao solo nacional, quem foi o primeiro criador a ter animais afetados e em linha de tempo, ir atrás de cada comprador dos animais potencialmente contaminados.

Cinematográfico

Josélio relata que eles iam em comunidades do Rio de Janeiro e o Ministério da Agricultura indenizava, com moeda corrente, os proprietários para estimulá-los a entregar os suínos contaminados com o vírus da PSA e os contatos para abate sanitário.

Esses homens e mulheres servidores do Ministério viveram um “filme de suspense da vida real”, no qual existem episódios de perseguição ao vírus -de Rondônia e o Estado do Acre ao Oeste e de Roraima e Amapá no Norte   ao Rio Grande do Sul-, apreensão e abate de animais, conversas com organismos internacionais e até discussão dura com governadores que se opunham à profilaxia mediante abate sanitário, fazendo parte do roteiro.

E, desta vez, os heróis da vida real tiveram êxito conforme apontam os números trazidos pelo palestrante: em 1978 o Brasil abateu cerca de 200 mil animais, erradicou a doença e protegeu um rebanho com  milhões de cabeças suínas. Em países do Caribe, a exemplo da Republica do Dominicana, Haiti e Cuba, ocorreram abates que superaram alguns milhões de cabeças, ou seja 100% do rebanho suíno, sem o mesmo resultado.  O professor acredita que o ocorrido mudou até mesmo a forma da imprensa  cobrir doenças em animais, colocando o tema nas primeiras páginas, nas editorias de política e economia  e nas páginas amarelas, espaço nos principais veículos de circulação nacional, em rádios e em TVs.

Bilhões de dólares

Após a palestra, amigos e admiradores rodearam o professor expressando o impacto trazido pelas informações deste relato histórico da erradicação de uma doença,  fato que transformou a suinocultura brasileira, tornando-a industrial, higiênica e científica. Isso foi demonstrado nos quadros e tabelas, expressando que o Brasil neste ano de 2024 exportará quase US$ 3 bilhões de dólares americanos.

“Ele foi  didático, claro e ilustrativo, a gente conseguiu memorizar o tema exposto, fico feliz com o privilégio em ter ouvido Dr. Josélio nesta tarde. Após ouvi-lo, acho que seria maravilhoso que ele publicasse uma autobiografia como legado”, afirmou a assessora técnica do CRMV/BA, a zootecnista Isa Porto

Ainda no auditório  uma réplica do quadro afixado na galeria  foi entregue pelo amigo pessoal Antônio Lomanto Neto, filho do ex-governador Lomanto Jr.  A convite do presidente do CRMV/BA, o presidente da Academia Baiana de Medicina Veterinária (Abamev),  Paulo Emílio Torres entregou uma placa comemorativa.

O descerramento da foto na galeria de ex-presidente foi um momento de muita emoção para todos, como o Prof. José Carlos Moura, irmão do homenageado.

Josélio Moura durante o evento chegou às lágrimas em alguns momentos, motivado pela intensidade da memória dos fatos relatados.  “[…]  esta é a história nua e crua contada por quem viveu intensamente os fatos relatados […],  e eu agradeço muito emocionado por este momento”, concluiu o professor ao final do evento.

Algumas das autoridades e amigos presentes

–  Altair Santana de Oliveira – Presidente do CRMV/BA

– José Carlos de Andrade Moura – Prof. Dr. Aposentado da UFBA

– Rodrigo Bittencourt – Diretor da Emevz- Ufba

– Ricardo Guerra – Presidente da SMVBA

– Paulo Emílio Torres- Presidente da Abamev

– Antônio Lomanto Neto

– Fábio Alexandre Rosa Rodrigues – Superintendente SFA/BA

– Paulo Sérgio Menezes Luz- Diretor-geral da ADAB

– Adriano Bouzas – Representante Seagri/BA

– Samuel Vieira – Médico psiquiatra

– Francisco Salles Filho – Affa aposentado

– Nádia Rossi – Profª Drª Ufba

– Lúcio Leopoldo Aragão da Silva- Presidente Eleito do CRMV/BA

–  Maria Tereza Mascarenhas – Secretária-Geral do CRMV/BA

– Rui Leal – Tesoureiro do CRMV/BA

– Sidney Gonzalez- Conselheiro do CRMV/BA

– Lívia Peralva/ Conselheira do CRMV/BA

– Carmo Emanuel Biscarde/ Conselheiro do CRMV/BA

– Douglas Honório – Affa

– Maria Consuêlo Caribé Ayres – Profª Drª Ufba

Impedido de comparecer devido a uma viagem, o ex-governador César Borges enviou cumprimentos pessoais ao Dr. Josélio Moura.

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O impacto positivo da Medicina Veterinária Militar para a saúde e a defesa nacional

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Ainda pouco conhecida pela população em geral, a Medicina Veterinária Militar é um campo vasto de atuação.

Em primeiro lugar, é necessário pontuar que vai muito além do cuidado com os cães policiais ou cães de guerra ou cavalos da polícia montada ou da cavalaria do Exército.

A atuação do médico-veterinário militar se dá na inspeção para garantir a comida sadia e nutritiva para a tropa, na qualidade da água, na saúde dos animais domesticados ou selvagens (batalhões de selva), no combate aos agentes biológicos ou químicos que venham a ser usados contra a população ou as forças armadas, na pesquisa de antídotos de animais peçonhentos -beneficiando todos os brasileiros-, na clínica e cirurgia de pequenos e grandes animais, em biotérios, entre ainda muitas outras oportunidades.

O médico-veterinário militar deve se preocupar com as questões de saúde ambiental, veterinária e humana não apenas do local que vive, mas conhecer também as dos locais para os quais for designado.

E além de profissional de saúde ele/a nunca perde de vista suas obrigações com a Segurança, o Desenvolvimento e a Defesa nacional.

É possível ser médico-veterinário militar por concurso público (Exército e Polícia Militar) ou por seleção pública para vagas temporárias (Exército, Marinha e Força Aérea).

Ressalta-se que os serviços dos médicos-veterinários militares foram relevantes no país em eventos de magnitude mundial, a exemplo dos Jogos Mundiais Militares, dos Jogos Panamericanos Rio 2007, da Copa das Confederações, da Copa do Mundo FIFA e dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Comendadores

Por proposta do conselheiro José Roberto Pinho de Andrade Lima, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) instituiu a “Comenda Muniz de Aragão” pela Resolução CFMV Nº 1291, de 24 de setembro de 2019.

A honraria, que leva o nome do Patrono do Serviço de Veterinária do Exército Brasileiro (EB), é destinada aos médicos-veterinários militares que tenham prestado relevantes serviços à Medicina Veterinária Militar Brasileira e ao fortalecimento da Veterinária Militar, segundo o texto do documento legal.

Mídia

Contribuindo com a divulgação da atuação desses profissionais para a sociedade, o conselheiro José Roberto, Coronel do Exército, foi entrevistado pela jornalista Pamela Luccíola, no dia 15 de junho de 2024 (sábado), no Programa Band News Entrevista, da Rádio Band News.

E nesta segunda-feira (17 de junho), ele vai falar com as jornalistas Christina Miranda e Stephanie Suerdieck às 15h no Programa Metrópole, da Rádio Metrópole.

Cerimônia militar

Na última sexta-feira (14/06), o Coronel José Roberto, mais antigo médico-veterinário militar da ativa no Brasil, participou em Brasília da cerimônia alusiva ao Dia do Serviço de Veterinária, realizada no 1.º Regimento de Cavalaria de Guardas, com as presenças do General de Exército Lancia, Comandante Logístico do EB e do General de Divisão Carmona, Comandante Militar do Planalto.

 

A formatura* realizada no pátio do centenário Regimento dos “Dragões da Independência”** teve a presença do cerca de 30 veterinários do EB e da PMDF, além do decano, Coronel da reserva, professor Milton Thiago de Mello, que completou 108 anos em fevereiro último. Além do Cel José Roberto e da Cel Orlange, outro baiano  esteve na solenidade, o médico-veterinário Josélio Moura, presidente da Academia Brasileira de Medicina Veterinária. [Confira mais imagens ao fim do texto]

 

Breve história

A Medicina Veterinária Militar brasileira nasceu no Exército pelas mãos de um médico (de humanos) baiano, de família nobre da cidade de Santo Amaro da Purificação, o Tenente-Coronel João Muniz Barreto de Aragão (1874-1922).

Em uma verdadeira proeza científica, ele diagnosticou o mormo pela primeira vez no Continente Americano. A doença afeta cavalos e seres humanos com alta mortalidade.

É um herói da ciência ainda pouco conhecido pela sociedade em geral. Seus descendentes são militares de alta patente no Exército.

17 de junho, dia da Medicina Veterinária Militar foi escolhido por ser a data do nascimento dele que é o patrono da Medicina Veterinária Militar. Foi o criador e primeiro diretor da Escola de Veterinária do Exército (EsVEx), no Rio de Janeiro, que formou a primeira turma de médicos veterinários do Brasil em 1917, cujos docentes foram militares franceses trazidos ao país pela cooperação militar Brasil-França. O cientista criou e dirigiu o Serviço de Defesa Sanitária Animal, que hoje é o Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura.

Os militares brasileiros saúdam seu nome da seguinte forma “SALVE MUNIZ”.

*Formatura: Internamente na caserna, as cerimônias que envolvem a participação das tropas são chamadas de formaturas
** Dragões da Independência: Unidade do Exército Brasileiro que protege as instalações da Presidência da República e sua origem (1765), remonta ao Império.

Ascom CRMV/BA, 17 de junho de 2024.