Após receber do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) reconhecimento Nacional de Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação, este ano a Bahia antecipou o período da vacinação contra febre aftosa, que era tradicionalmente em maio.
Entre primeiro e 30 de abril de 2024, os responsáveis devem vacinar os rebanhos de bovinos e bubalinos de até 24 meses e depois entregar a declaração no escritório da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) mais próximo ou no site até o dia 17 de maio de 2024.
Segundo declaração recente do diretor geral da Adab, Paulo Sérgio Menezes Luz, 80% do rebanho baiano é propriedade de pequenos produtores que possuem entre dez e cinquenta animais. No total, o rebanho baiano tem cerca de 13 milhões de cabeças.
“Para nós, isso é um marco a ser comemorado, pois além do ganho econômico e social para toda a cadeia produtiva do estado, mostra que o trabalho do médico-veterinário gera valor, gera saúde, gera resposta positiva de nossos esforços”, enfatiza Altair Santana, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA).
Segundo dados apresentados pela Adab esta é a última etapa de 146 ciclos de vacinação, realizados desde 1968, sendo que nas últimas duas décadas, os índices vacinais superaram os 90% exigidos pelo Mapa.
No dia 25 de março de 2024, o Mapa publicou a Portaria nº 665, que terá validade a partir de 02 de maio, reconhecendo a Bahia e os estados de Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal como livres de febre aftosa sem vacinação.
A ADAB está buscando o Certificado Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação concedido pela Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), pois as unidades da federação que forem contempladas com esse reconhecimento terão acesso a mercados mais amplos e exigentes para exportar sua produção animal e também vegetal.