07 de julho de 2020
Nesta semana, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) atendeu à reportagem de um jornal local de Brasília, sobre a falta do medicamento Ivermectina nas farmácias do Distrito Federal, o que estaria gerando também a busca pelo similar em estabelecimentos veterinários. O aumento da demanda seria a prevenção e tratamento automedicamentoso contra a covid-19, mesmo sem a comprovação científica de que a substância previna ou combata a doença causada pelo novo coronavírus (SARSCoV2).
Conforme relatado por alguns Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs), a situação se repete em outras cidades brasileiras, comprometendo o fornecimento da ivermectina aos animais que realmente precisam da substância, e colocando em risco as pessoas que optarem pela automedicação do produto de uso veterinário.
O CFMV alerta que os medicamentos veterinários indicados para tratamento de animais não devem, sob nenhuma hipótese, ser administrados em humanos, sob risco de reações adversas graves e efeitos colaterais severos.
O uso de medicamentos veterinários por humanos não é seguro, uma vez que não foram desenvolvidos e testados em pessoas, ou seja, não existem dados que atestem a segurança e a eficácia do uso dessas formulações em humanos. Além disso, os medicamentos veterinários podem ser fabricados com requisitos qualitativos e quantitativos diferentes daqueles exigidos para os de uso humano.
Os medicamentos veterinários são registrados e regulamentados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a venda desse tipo de produto deve ser feita sob prescrição de um médico-veterinário.
Assessoria de Comunicação do CFMV