Da esq. para a direita: Alexander Ramos, Eric Martin, Daniel Souza, Louise Siqueira e Diogo Campos
Entre os dias 05 a 10 de outubro, o técnico fiscal Daniel José de Souza, do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) esteve no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA) para um treinamento da equipe de fiscalização do Regional.
Participaram da atualização profissional os fiscais Alexandre Ramos, Eric Martin, Diogo Campos e Louise Siqueira, a última, médica-veterinária fiscal aprovada no concurso público realizado em abril deste ano.
A iniciativa teve como propósito, entre outras ações, identificar oportunidades de melhoria nas rotinas administrativas e de fiscalização do setor, bem como auxiliar na elaboração do Plano de Fiscalização para execução imediata. Com o treinamento e a implementação de melhorias nos processos fiscalizatórios, o regional tende a alcançar resultados com maior eficiência e consistência, explicou Daniel Souza.
Segundo o Técnico Fiscal, a elaboração do Plano de Fiscalização deve proporcionar maior foco em fiscalizações qualitativas, definindo de forma participativa, ações e prioridades a serem executadas pelo setor.
Durante a semana a equipe teve oportunidade de realizar ações em campo, levantamento de dados do relatório trimestral do Plano Nacional de Fiscalização (PNF) e promover a sinergia entre as ações da fiscalização e o Planejamento Estratégico do CRMV/BA.
O Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) divulga a íntegra da Nota Técnica nº 16/2025, que orienta os Conselhos Regionais e profissionais sobre o uso dos termos “Popular” e “Social” na publicidade e comunicação da Medicina Veterinária e da Zootecnia. Após ampla análise técnica e deliberação em Plenário, o CFMV decidiu não regulamentar o uso dessas expressões, por entender que se trata de termos de uso comum na sociedade e fora do alcance de sua competência legal de fiscalização.
A seguir, o texto completo da Nota Técnica:
A presente Nota Técnica tem por objetivo comunicar e orientar sobre as diretrizes do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) relativas à discussão acerca da regulamentação do uso dos termos “Popular” e “Social” na publicidade e comunicação da Medicina Veterinária e da Zootecnia. Esta questão, levantada por alguns Conselhos Regionais, foi amplamente debatida em Plenário do CFMV e analisada em parecer técnico, culminando em uma posição oficial.
Após extensa deliberação e consideração dos argumentos apresentados, o Plenário do CFMV decidiu não regulamentar a utilização dos termos “Popular” e “Social” no âmbito da Medicina Veterinária e da Zootecnia. Essa decisão é fundamentada em uma análise aprofundada que leva em conta a dinâmica da linguagem e os limites da atuação regulatória do Conselho.
Um ponto crucial para esta deliberação é a ausência de fundamentação jurídica que permita ao Conselho Federal de Medicina Veterinária impor restrições ao uso dessas palavras por entidades que não estão diretamente sob sua jurisdição regulatória. A competência do CFMV se aplica primariamente aos profissionais e estabelecimentos de medicina veterinária, visando fiscalizar o exercício profissional e zelar pela ética da categoria. Os termos “popular” e “social”, contudo, são de uso corrente na linguagem cotidiana e são amplamente empregados por organizações não governamentais (ONGs), empresas de diversos setores, órgãos do Poder Público e pela sociedade em geral para descrever iniciativas que visam a inclusão ou serviços de custo diferenciado. Tentar estender a regulamentação do CFMV para abranger a comunicação de tais entidades e contextos mais amplos seria uma extrapolação de suas atribuições legais, o que poderia gerar conflitos de competência e questionamentos jurídicos significativos. A fiscalização de usos semânticos por agentes fora do escopo profissional da Medicina Veterinária seria, de fato, inviável e desprovida de base legal.
Adicionalmente, as discussões revelaram a provável ineficácia prática de uma proibição puramente semântica. A experiência demonstra que o mercado e a criatividade humana são notavelmente adaptáveis. Se houvesse uma proibição de “popular” ou “social”, termos sinônimos ou expressões com a mesma ideia de acessibilidade ou custo-benefício, como “acessível”, “comunitário”, “democrático”, “para todos” ou “preço justo”, surgiriam rapidamente. Isso não apenas tornaria a regulamentação ineficaz a longo prazo, mas também criaria um ciclo contínuo de proibições e novas adaptações, gerando insegurança jurídica e burocracia desnecessária. A questão central, portanto, não reside no termo em si, mas na intenção e na forma como a mensagem é transmitida, e se ela é enganosa, abusiva ou desleal.
Diante disso, a orientação aos Conselhos Regionais de Medicina Veterinária (CRMVs) em relação a denúncias envolvendo o uso de terminologias na publicidade deve ser harmonizada. O foco da fiscalização não deve ser a simples utilização de um termo, mas sim a veracidade e a transparência da publicidade como um todo. Uma abordagem mais eficaz e alinhada com os princípios éticos é fortalecer a fiscalização sobre a conduta profissional e a precisão das informações veiculadas.
Assim, os CRMVs deverão concentrar seus esforços em coibir a publicidade enganosa ou abusiva, independentemente dos termos utilizados. Se um estabelecimento se anuncia como “popular” ou “social” e não entrega serviços que correspondam a essa promessa de acessibilidade, ou se utiliza esses termos para mascarar práticas antiéticas, é essa conduta (a não conformidade com o que foi ofertado) que deve ser fiscalizada e, se for o caso, punida, e não meramente o uso do termo.
A regulamentação do CFMV e a atuação dos CRMVs devem se concentrar em garantir que a informação veiculada seja clara, verdadeira e não induza o consumidor a erro, protegendo assim tanto o público quanto a imagem da profissão, utilizando como parâmetros o Código de Ética profissional e a recém publicada Resolução sobre a publicidade (Res. CFMV nº 1.649/2025).
Em suma, a decisão de não regulamentar os termos “Popular” e “Social” na publicidade da Medicina Veterinária e da Zootecnia é uma medida pautada pela ineficácia de restrições semânticas isoladas, e pelas limitações da competência regulatória do CFMV em contextos mais amplos. Esperamos que esta orientação seja absorvida e aplicada pelos CRMVs, reforçando uma fiscalização focada na ética profissional e na transparência da comunicação, pilares essenciais para a valorização das profissões e para a garantia da saúde e bem-estar.
Profissionais de Medicina Veterinária da Região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) estão sendo convidados a participar da pesquisa “Conhecimento e percepção dos médicos-veterinários em relação à Medicina Veterinária Legal e aos maus-tratos aos animais: comparação entre veterinários de animais de companhia e de animais de produção”.
O projeto é da mestranda Mikaele Machado da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT), sob a orientação do Professor Dr. Fabiano Mendes de Cordova.
Em votação de modo virtual, foi eleita a Nova Diretoria Executiva e Conselho Consultivo para o biênio 2025-2027 da Associação de Médicos Veterinários de Jequié (Amvej), no dia 01 de outubro.
Participaram da votação 26 (vinte e seis) dos 39 (trinta e nove) associados da Amvej, 66,66% dos aptos a votar.
O novo presidente Wanderley Lauria de Almeida Junior recebeu cumprimentos do atual presidente Oscar Vitorino Moreira Mendes logo após o encerramento do período de votação. “Ele é um colega muito dinâmico da Adab e certamente, tudo fará para o desenvolvimento da Medicina Veterinária regional”, disse Mendes.
Após gerir a entidade por dois mandatos, o atual mandatário fez um balanço da gestão: “nossa missão teve como princípio básico ao fundar a Amvej, congregar a classe médica-veterinária de Jequié e microrregião […] eu queria a união da classe, me propus e em parte, realizei. Temos crescido e temos evoluído, proporcionando vários cursos, cerca de 5 palestras com temas variados como odontologia veterinária, cardiologia veterinária, defesa sanitária animal, entre outros.”
Com chapa única, o processo eleitoral foi rápido, tendo o resultado sido proclamado no mesmo dia. Muito popular, o atual presidente tentou afastar-se da liderança, mas foi convocado pelos colegas a continuar na gestão e terá cargo de secretário-geral.
“Não quiseram que eu me afastasse, mesmo eu sendo decano da Medicina Veterinária eles acreditam em mim, no que posso fazer para ajudá-los e fortalecer cada vez mais a categoria e a Medicina Veterinária”, contou Oscar Mendes.
Reconhecido na comunidade pelo exercício participativo da cidadania, pela atuação na Educação da Medicina Veterinária, sendo professor universitário aposentado, membro de Rotary local e membro da Loja Maçônica União Beneficente n° 16, em setembro deste ano, Oscar Mendes teve seu nome aprovado pela Câmara Municipal para receber o título de Cidadão Jequieense em data a ser anunciada.
Composição da Chapa Única – UNIÃO
Presidente: Wanderley Lauria de Almeida Junior – CRMV-BA 1224
Vice-Presidente: Carina Ferreira de Amorim – CRMV-BA 5942
Secretário Geral: Oscar Vitorino Moreira Mendes – CRMV-BA 103
Primeiro (a) Secretário (a): Karen Aparecida Marques da Silva – CRMV-BA 8556
O presidente da Comissão Estadual de Bioética e Bem Estar Animal (CEBBEA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), médico-veterinário Marcos Borges Ribeiro participou em Brasília de dois grandes eventos do setor promovidos pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV).
No dia 30 de setembro foi realizado o I Fórum das Comissões Nacional e Regionais de Bioética e Bem-Estar Animal e nos dias 01 e 02 de outubro, o I Seminário das Comissões de Bioética e Bem-Estar Animal (CFMV).
“No I Fórum, os debates foram enriquecedores por permitirem o compartilhamento de estratégias, desafios e soluções vividas em contextos distintos do Brasil. O contato com colegas engajados revelou uma forte convergência na busca por aprimoramento das práticas, ampliando a percepção sobre a importância do diálogo, da formação continuada e do trabalho coletivo para aprovar e executar as diretrizes nacionais de ética e bem-estar. Essas trocas impulsionam uma atuação mais consciente e qualificada tanto nas comissões quanto na prática profissional”, avaliou Marcos Borges.
Entre os eixos elencados e debatidos estiveram: Dilemas éticos e bioética aplicada — debates sobre práticas clínicas, pesquisa e políticas com foco na responsabilidade profissional e ética no trato com animais; Bem-estar animal em diferentes contextos — manejo de animais de produção, equinos e outros (boas práticas, certificações, fiscalização e controle de maus-tratos) e Cuidados paliativos e medicina de suporte em animais — abordagem de situações clínicas complexas com foco em qualidade de vida e decisões éticas, entre outros.
“A participação nesse encontro reforçou o compromisso pessoal e institucional com os valores éticos e bioéticos que regulam a profissão, além de fomentar o sentimento de pertencimento e responsabilidade diante dos novos paradigmas em saúde animal e proteção ambiental. O evento destacou a necessidade do debate constante sobre temas sensíveis, trazendo insights valiosos que certamente irão contribuir para uma prática mais ética, humanizada e alinhada com as melhores diretrizes nacionais e internacionais do Bem-estar animal”, detalhou o profissional.
O médico-veterinário baiano citou ainda que além dos membros das Comissões Nacionais e Regionais, alguns nomes importantes ligados a temática estiveram presentas para ministrar palestras ou contribuir com o tema, como Rita Leal Paixão (UFF), Rui Nunes (Portugal), Ekaterina Botovchenco Rivera (UFG) e Adroaldo José Zanella (USP) e Paulo Roberto Bahiano (CETAS Recôncavo).
Da Bahia também estiveram a Zootecnista Chiara Albano (Ufba) e o médico-veterinário Gerson Norberto, da Comissão Estadual de Meio Ambiente e Animais Selvagens (Ceas) do CRMV/BA.
O I Fórum das Comissões Nacional e Regionais de Ensino da Zootecnia reuniu presidentes e membros das Comissões de Ensino da Zootecnia do Sistema CFMV/CRMVs, no Auditório Professor Jorge Rubinich do Conselho de Medicina Veterinária do Estado da Bahia – CRMV/BA, nesta segunda-feira (6). O encontro abriu os eventos institucionais do 34º Congresso Brasileiro de Zootecnia – Zootec, maior congresso técnico-científico de Zootecnia da América Latina, de 7 a 10 de outubro de 2025, no Centro de Convenções de Salvador/Bahia.
Iniciativa do Conselho Federal de Medicina Veterinária – CFMV, por meio da Comissão Nacional de Ensino da Zootecnia – CNEZ, o primeiro fórum teve como objetivos refletir coletivamente, compartilhar experiências e criar propostas de estratégias de ação para ampliar a qualidade do ensino em Zootecnia no Brasil.
As discussões estiveram focadas nas necessidades dos estudantes e foram levantadas questões sobre as grades curriculares, a integração das áreas, o aumento da qualificação profissional, o fortalecimento da identidade profissional, as ameaças e oportunidades do EaD, extensão, evasão, retenção e captação de estudantes.
Mesa de Honra – à esq. Diego Peres Netto (Presidente da CNEZ/CFMV), Ana Elisa Almeida (Presidente do CFMV), Lúcio Leopoldo (Presidente do CRMV/BA) e Flávio Longui (Presidente da CEEZ/CRMV-BA)
Compuseram a mesa de honra, Ana Elisa Almeida, presidente do CFMV, Lúcio Leopoldo Aragão, presidente do CRMV/BA, Diego Peres Netto, presidente da Comissão Nacional de Ensino da Zootecnia – CNEZ, e Flávio Longui, presidente da Comissão Estadual de Educação em Zootecnia – CEEZ.
Ana Elisa Almeida deu as boas-vindas expressando o significado do momento. “Este momento tem para mim um significado muito especial: estar na minha cidade para celebrar e fortalecer uma área que é estratégica para o Brasil e para o nosso Sistema˜, afirmou. ”Este evento nasce do entendimento de que a Zootecnia é ciência, desenvolvimento econômico que planeja, organiza e potencializa a produção animal de forma ética e sustentável, garantindo eficiência, bem-estar e segurança alimentar”, declarou. A presidente do CFMV ressaltou ainda as ações de valorização profissional e as portas abertas do gabinete para os zootecnistas de todo o país.
Lúcio Leopoldo Aragão destacou o papel fundamental de assessoria das comissões nacional e regional à diretoria e ao corpo de conselheiros para fazer um panorama e um diagnóstico do ensino da Zootecnia no Brasil. “Hoje, temos 738 zootecnistas inscritos em nosso Conselho, sendo o primeiro inscrito no ano de 1975. Aqui na Bahia temos quatro cursos de zootecnia, todos de natureza pública, um estadual (o primeiro) e três federais”, disse. O presidente do CRMV/BA destacou ainda a proximidade entre as duas profissões e a importância da Zootecnia para o Regional baiano.
Diego Netto e Flávio Longui manifestaram a satisfação com o evento e com a presença de todos, destacaram a relevância da realização deste primeiro fórum para o ensino da Zootecnia, e valorizaram a continuidade das discussões no Zootec, especialmente durante a 30ª Reunião Nacional de Ensino de Zootecnia, nos dias 7 e 8, que faz parte da programação dos eventos institucionais do Zootec 2025.
Pesquisa e grupos de trabalho
A manhã foi reservada a uma apresentação de dados coletados a partir da pesquisa nacional sobre cursos de graduação em Zootecnia “Panorama dos Cursos de Zootecnia”, e aos grupos de trabalho para pensar em desafios e soluções. “São 132 cursos de Zootecnia no Brasil. Tivemos 66 respostas no formulário da pesquisa, a maioria no nordeste, em seguida sul, depois sudeste e demais regiões. A coleta de dados foi um desafio e o que mostramos aqui não é uma crítica, é uma maneira de enxergar como podemos trabalhar”, afirmou Diego Netto. O estudo em andamento deu pistas de como anda o ensino da Zootecnia no Brasil, apontou direções a seguir e ainda tem muito caminho a percorrer, como concluiu o presidente da CNEZ/CFMV.
Já na parte da tarde, os participantes reuniram-se em três grupos de trabalho em torno de questões para pensar o ensino da Zootecnia a partir de diferentes perspectivas de atuação estratégica. Ao final, teve lugar a apresentação dos resultados dos GTs e a perspectiva da produção de um documento sobre as conclusões do I Fórum para construir coletivamente estratégias práticas e viáveis para atrair e manter estudantes nos cursos de Zootecnia.
Uma lista com os nomes dos participantes está sendo organizada e será atualizada aqui.
Continua amanhã. Acompanhe a cobertura do Zootec por aqui – www.crmvba.org.br
Confira fotos do I Fórum das Comissões Nacional e Regionais de Ensino da Zootecnia, clique para ver o álbum
Já está disponível o formulário de inscrição da Solenidade para liberação da Cédula de identidade Profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas, que será realizada no dia 10 de outubro, sexta-feira.
Prevista na legislação, a solenidade é um momento preparatório básico para compreensão da responsabilidade do exercício da profissão, do comportamento com os clientes e/ou pacientes e noções de ética dentro do Sistema CFMV-CRMVs
Realizado de forma virtual que evita o deslocamento para capital do estado, a participação é restrita aos inscritos no evento, que receberão o link de acesso na véspera da realização.
As inscrições podem ser feitas até o meio-dia da quinta-feira, 09 de outubro. Após este horário a plataforma vai encerrar o período de inscrições, e os interessados que não se inscreveram poderão participar em data futura.
Presença
Em conformidade com a obrigatoriedade prevista na legislação, a organização do evento demanda registros de presença em horários e em quantidades de vezes que não são divulgadas previamente.
A falha em qualquer dos registros demandados indica ausência e impossibilita a entrega do documento.
Siscad
Devem ser usados apenas os dados do Sistema de Cadastros (Siscad) do Sistema CFMV-CRMVs, pois o uso de nome não oficial de pessoa física impossibilita a verificação adequada da identidade.
Para ter tranquilidade de registrar a presença dentro do prazo determinado durante o evento, é recomendável que o participante utilize computador ou notebook e não celular.
Solenidade para acesso da cédula de Identificação profissional
10 de outubro de 2025 (sexta-feira)
09h
Ambiente virtual
Inscrições: Sympla
Com pesar o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA) comunica o falecimento da médica-veterinária Cristiane Maria Martins Fernandes, aos 57 anos.
Natural de Salvador, Cristiane Fernandes realizou seus estudos na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia e logo ao graduar, inscreveu-se neste Regional em 1991.
Amigos e familiares vão prestar as últimas homenagens às 15h30 de hoje (quinta-feira, 02/10) no Cemitério Jardim da Saudade.
Em um ambiente amistoso, com algumas pessoas que trabalham juntas há mais de 50 anos, autoridades – como o vice-presidente do CRMV/SE, Cícero Estrela-, profissionais da Medicina Veterinária e amigos, foi celebrada nesta terça (30/09) em Salvador a Certificação Internacional da Bahia como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação.
O reconhecimento foi obtido no dia 29 de maio em sessão da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em Paris.
Paulo Emílio Torres; Ana Elisa Almeida; Lúcio Leopoldo Aragão; João Martins; Humberto Miranda; Fábio Rodrigues e Carlos Augusto Chaves
A Mesa de Honra do evento foi formada por personalidades com grande reputação no meio: João Martins, presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Ana Elisa Almeida, presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV); Lúcio Leopoldo Aragão, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA); Humberto Miranda, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb); Fábio Rodrigues, Superintendente Federal de Agricultura (SFA-BA); Paulo Emílio Torres, presidente da Academia Baiana de Medicina Veterinária (Abamev) -representando o Secretário de Agricultura da Bahia, Pablo Barrozo- e Carlos Augusto Chaves -representando o Diretor-Geral da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Paulo Luz-.
“Esta mesa de honra representa tudo pelo momento histórico, pela celebração do Certificado Sanitário para a Bahia como Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação é um marco a ser celebrado [….] foi um percurso de décadas […] de uma atividade intensa que envolveu pessoas que buscaram isso de forma isolada até chegar ao patamar estatal. Esta conquista repercute-se em toda a cadeia, beneficiando produtores e gerando renda e emprego no campo, resultando em melhoria para toda a sociedade”, disse Lúcio Leopoldo, presidente do CRMV/BA-
Em suas falas, todos destacaram a importância da conquista para a Bahia e lembraram de feitos e personagens heroicos que em suas atividades médicas-veterinárias criaram o cenário da sanidade atual.
Com excelente memória, João Martins relatou fatos históricos sobre a Aftosa: “Eu vivenciei toda a história e todos os trabalhos da erradicação da febre aftosa, desde quando tinha o Gerfab [Grupo Executivo de Erradicação da Febre Aftosa na Bahia] em Itapetinga, um núcleo pioneiro para erradicação no Brasil […], quero dizer que o primeiro projeto de erradicação da aftosa foi feito em minha mesa, eu era vice-presidente desta casa [Faeb]. Eu, Lira [Dr. José Alberto da Silva Lira] e Nivaldo Almeida, representando o Ministério da Agricultura”, contou.
“Isto é fruto de todos nós que quisemos realmente colocar a Bahia no patamar de livre de aftosa sem vacinação”, João Martins, presidente da CNA
Também transmitido ao vivo, o evento registrou interações com seguidores do perfil do CRMV/BA. Alguns deles, também fiscais agropecuários.
Representando a Seagri, Paulo Emílio Torres fez um resumo histórico dos 475 anos de pecuária na Bahia, desde Garcia D’ávila e Tomé de Souza.
“Isso só está acontecendo porque existe o produtor. Como eu dizia na Adab [sendo diretor-geral], nós fazemos Defesa para o produtor”, Paulo Emílio Torres
Ana Elisa Almeida, presidente do CFMV falou que acompanhou a luta contra a febre aftosa muito antes de ser médica-veterinária, pois via o esforço do pai, produtor rural, contra a doença.
”O Conselho Federal de Medicina Veterinária tem orgulho de estar presente nesta celebração. Como Autarquia pública nossa missão é zelar pelo exercício responsável da Medicina Veterinária e da Zootecnia e neste momento reafirmamos: sem o médico-veterinário, sem a ciência e sem a técnica, conquistas como esta jamais seriam possíveis”. Ana Elisa Almeida, presidente do CFMV
30% dos empregos
Três palestrantes trouxeram visões complementares sobre a conquista sanitária: o presidente da Faeb Humberto Miranda falou dos impactos positivos da economia, destacou que o setor agrícola baiano é responsável por quase ¼ do PIB baiano: “o estado tem o setor petroquímico, indústria, comércio organizado, turismo, mas mesmo assim o agropecuário é responsável por 25% de tudo que se produz. E quando se pensa no emprego, não apenas da porteira para dentro, mas da porteira para fora, incluindo insumo, máquinas, equipamentos, o agronegócio detém 30% de todos os empregos são ligados ao nosso setor”.
“Nosso desafio a partir de agora só muda, deixa de ter a vacinação obrigatória para ter outros desafios: a vigilância ativa, vigilância passiva notificação de ocorrências dentro de nossas propriedades […] precisamos levar a notificação de tudo que ocorre dentro de nossa propriedade para conhecimento da Adab ”, Humberto Miranda, presidente da Faeb
José Neder, o segundo palestrante apresentou dados consistentes sobre as ações que possibilitaram a conquista do status sanitário. Coordenador estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), ele relatou que “em 20 de maio de 1997, foram registrados os últimos focos da doença nas cidades de Jussari, Correntina e Macajuba”.
Rifle
Fechando o ciclo de palestras, o fiscal agropecuário aposentado Antônio Valentim foi convidado a falar em primeira pessoa tudo o que viveu em 51 anos de trabalho na defesa animal, tendo ingressado no Gerfab em 27 de março de 1974, em Itapetinga. Seu primeiro chefe foi o Doutor Edson Diogo Muniz Pinto, também presente na solenidade.
“O cenário da febre aftosa naquela época era totalmente endêmico: quando tínhamos a notificação de um ou dois casos, era porque já havia dez, quinze ou vinte. Em 1977 foram registrados 927 focos confirmados”, Antônio Valentim.
Ele relatou que nos anos 1970, ainda bem jovem, chegou a ser ameaçado com rifle por um dono de fazenda, que não permitia que os fiscais fizessem o seu trabalho.
As condições de trabalho na época eram tão precárias que o fardamento oficial -macacão e botas- era usado durante a semana inteira, o que era um perigo em termos de contaminação.
Após as palestras, o presidente do CRMV/BA, Lúcio Leopoldo conduziu a realização de homenagens. A primeira foi feita à medica-veterinária Marilene Caldas. “Agradeço imensamente a oportunidade ao CRMV/BA e à Defesa Sanitária Animal, na qual trabalhei por 41 anos na Adab, e na Secretária de Agricultura. É um prazer muito grande estar aqui com vocês e receber esta homenagem”, disse quando a honraria foi entregue.
Também foram homenageados, Antônio Valentim; Fábio Rodrigues da SFA-BA; Paulo Sérgio Luz da Adab ; Humberto Miranda da Faeb, Dr. José Alberto da Silva Lira (in memoriam) e Rui Leal, fiscal estadual agropecuário e tesoureiro do CRMV/BA.
Ao final, Lúcio Leopoldo explicou que cada homenageado leva em si a honra e o esforço de seus pares.
Alguns dos participantes que registraram presença (ordem alfabética)
Aldo Conceição de Jesus
Altair Santana – Ex- presidente do CRMV/BA e SFA/ BA
Ana Elisa Almeida – Presidente CFMV
Andréia Soraia Santos – Adab
Antônio Valentim Fidalgo – Adab
Argeu Bruni Maciel – Affa aposentado – Membro da Comissão Estadual de Saúde Única
Beatriz Ribas – CRMV/BA
Camile Andrade
Carlos Augusto Chaves – Adab
Carlos Rio – Assessor Técnico Faeb
Cássia Victória Santos da Silva
Catiane Magalhães – Assessora Faeb
Cícero Estrela Farias – Vice-presidente CRMV/SE
Cláudio Alexandre Carneiro
Cláudio Alves
Daniella de Oliveira Leal
Douglas Honório – SFA/ BA
Edson Diogo Muniz Pinto – EX-Gerfab/ Ex -Adab
Fábio Rodrigues – Superintendente SFA/BA
Fernanda Mendonça
Flávio Coutinho Longui – Professor da Ufba/ Presidente da Comissão Estadual de Ensino da Zootecnia
Gabriel Felipe Menezes
Gabrielle Santos Borges
Gessé de Souza Silva
Humberto Miranda/ Presidente da Faeb
Iolanda Souza Manso Dias
Isa Porto Meireles – CRMV/BA
João Martins/ Presidente da CNA
José Márcio F. Carôso
José Neder – Coordenador estadual do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA)
Jucileide Cardoso de Souza
Lara Hora de Jesus
Leonardo Moura
Lívia Peralva- CRMV/BA
Lizandra Colossi – Vice-Presidente da Comissão Especial do Agronegócio da OAB
Lorena R. Americano da Costa – SFA/BA
Lúcio Leopoldo Aragão da Silva- Presidente do CRMV/BA
Luiza Feitosa de Carvalho Oliveira
Márcia Heloiza Cunha Alves – SFA/ BA
Marilene Caldas – EX-Gerfab/ Ex -Adab/ Ex- Sec.-Geral CRMV/BA
Paula Selpúveda
Paulo Emílio Torres – Seagri/ Presidente Abamev
Perpétua Arrais
Raoni Rodriges – Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa)
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