02 de julho de 2018

Na sexta-feira (29), representantes do Conselho Federal de Medicina Veterinário (CFMV) participaram de reunião do Fórum Permanente dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas para debater questões referentes ao ensino superior. O encontro aconteceu na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, e tratou de temas como a proliferação dos cursos de educação à distância, a transparência e colaboração entre os conselhos.

Da esquerda para direita, o diretor do Departamento Jurídico do CFMV, Rodrigo Montezuma; presidente do Conselho, Francisco Cavalcanti de Almeida; e o secretário-geral do CFMV, Nivaldo da Silva
 Da esquerda para direita, o diretor do Departamento Jurídico do CFMV, Rodrigo Montezuma; presidente do Conselho, Francisco Cavalcanti de Almeida; e o secretário-geral
do CFMV, Nivaldo da Silva. Foto: OAB

 

O presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, esteve na reunião e destacou que a intenção é transformar o Fórum em um instrumento político. “Queremos dialogar com os presidentes da Câmara e do Senado para que seja aprovada a exigência dos exames nacionais de proeficiência de todas as profissões regulamentadas, a exemplo do que já acontece com os cursos de Direito e de Administração ”, disse Cavalcanti.

“Nossa intenção é contribuir para a melhoria e o fortalecimento das diretrizes do ensino superior no País, especialmente para o curso de Medicina Veterinária”, afirmou o presidente do CFMV.

Também representaram o CFMV no Fórum, o secretário-geral do CFMV, Nivaldo da Silva, e o diretor do Departamento Jurídico do Conselho, Rodrigo Montezuma.

O Fórum

A pauta do encontro começou com a exposição de cada Conselho presente, com dados sobre ensino a distância. Também foram abordados os seguintes temas: estratégias para aperfeiçoamento as profissões por meio do ensino ofertado na graduação, campanha de valorização da educação superior e profissional, e a criação de um canal de comunicação entre os Conselhos para troca de informações sobre irregularidades.

Os conselhos debateram também maneiras de avaliar a transparência das informações prestadas pelo Ministério da Educação sobre o processo de regulação dos cursos superiores. Também trataram da formação a distância, do cumprimento dos requisitos legais e a participação dos Conselhos na formação superior, entre outros temas.

O encontro também serviu como preparação e alinhamento para a audiência pública sobre as Novas Diretrizes Curriculares Nacionais, marcada para esta segunda-feira, 2 de julho de 2018, organizada pelo Conselho Nacional de Educação.

O Fórum é formado pelos conselhos profissionais de: Advocacia, Arquitetura e Urbanismo, Biologia, Contabilidade, Enfermagem, Engenharia e Agronomia, Farmácia, Medicina, Medicina Veterinária e Nutricionistas.

Ao final do evento foi divulgada uma Nota Oficial (leia abaixo).

Assessoria de Comunicação do CFMV, com informações da OAB


NOTA OFICIAL 
FÓRUM PERMANENTE – O ENSINO SUPERIOR NA VISÃO DOS CONSELHOS FEDERAIS DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS

Reuniram-se na sede do Conselho Federal da OAB, no dia vinte e nove de junho de dois mil e dezoito, para dar continuidade aos debates do Fórum Permanente – O Ensino Superior na visão dos Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas, o Conselho Federal da OAB, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, Conselho Federal de Biologia, Conselho Federal de Contabilidade, Conselho Federal de Enfermagem, Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, Conselho Federal de Farmácia, Conselho Federal de Medicina e o Conselho Federal de Nutricionistas, tendo como premissa o compromisso firmado na segunda reunião do Fórum Permanente.

– Tendo como escopo a defesa dos interesses públicos a serem protegidos e a defesa do princípio da qualidade da oferta da educação superior inserido na Constituição da República;

– Considerando a atitude dos Conselhos de Profissões Regulamentadas de se unirem pela preocupação comum a todos sobre a qualidade da formação profissional, passamos a expor as seguintes deliberações do encontro:

Reiterar o pedido ao Ministério da Educação requerendo o envio das senhas de acesso ao Sistema e-MEC para todos os Conselhos Federais de Profissões Regulamentadas a fim de manifestarem nos processos de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos superiores;

Considerar de forma conclusiva os pareceres emitidos pelos Conselhos de Profissões Regulamentadas no ato decisório dos processos de regulação;

Ratificar o pedido de abertura do Sistema e-MEC e a transparência de todas as informações presentes no sistema de forma aberta para toda a população com a íntegra dos processos;

Solicitar ao Ministério da Educação o envio de estudo técnico sobre o planejamento e critérios para abertura de cursos superiores no Brasil;

Estabelecer estratégias entre os Conselhos Profissionais a fim de coibir a proliferação indiscriminada de cursos superiores à distância;

Solicitar ao Ministério da Educação cópia do ofício de resposta ao relatório de auditória n. 010.471/2017-0, encaminhado ao Tribunal de Contas da União, contendo os dados de regulação sobre as respectivas profissões regulamentadas para conhecimento dos Conselhos Profissionais inseridos na presente nota;

Requerer informações e dados sobre a modalidade à distância nos processos autorizativos desencadeados nos cursos de graduação pelo MEC.

Exigir o cumprimento dos requisitos legais de acessibilidade, inclusive pedagógica, em todos os processos de regulação dos cursos em trâmite no Ministério da Educação.

Ratificar o pedido de manutenção do prazo de 60 (sessenta) dias, prorrogável por igual período, para manifestação dos Conselhos Profissionais, alterando o prazo inserido no Decreto 9.235 de 15 de dezembro de 2017, em face do princípio da razoabilidade e proporcionalidade.

Viabilizar uma campanha nacional de valorização da educação superior e do profissional.

Destacar a importância do exercício da docência por profissionais com formação específica na área e sua inscrição nos devidos Conselhos Profissionais.

Requerer ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) a participação dos respectivos Conselhos Profissionais na reestruturação dos instrumentos de Avaliação conforme determinação do Tribunal de Contas da União.

Reiterar o pedido já realizado ao Ministro da Educação e ao Conselho Nacional de Educação, para criação de assento rotativo permanente destinado a representantes dos Conselhos Profissionais, a fim de opinar e acompanhar as matérias afetas a cada profissão regulamentada.

Ratificar a luta a fim de coibir a abertura de cursos superiores em municípios sem condições mínimas de oferecer formação de qualidade e que também não atendam aos requisitos da necessidade social local.

Os supracitados Conselhos confirmam o compromisso com a defesa da educação superior e da valorização de profissionais devidamente habilitados junto ao Conselho Profissional competente e concordam expressamente com os pontos inseridos no presente documento em benefício da Sociedade Brasileira.

CONSELHO FEDERAL DA OAB

CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANISMO DO BRASIL

CONSELHO FEDERAL DE BIOLOGIA

CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE

CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM

CONSELHO FEDERAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA VETERINÁRIA

CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS

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