Período de férias é normal querer que toda a família viaje, inclusive, os animais. E para que tudo dê certo, o primeiro passo é uma visita ao médico-veterinário para avaliação e orientação que garantam o bem-estar do animal.

O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), Altair Santana de Oliveira, destaca que o recomendado é que todo animal tenha o cartão de vacinação em dia, atualizado anualmente e que passe por uma avaliação clínica antes de pegar estrada. “Para animais que vão viajar de carro e para destinos nacionais, recomendamos uma avaliação prévia para investigar o estado geral, atualizar as vacinas e realizar os exames preventivos. Se vai viajar para uma área endêmica para leishmaniose, a prevenção para essa doença também precisa ser feita”, explica.

Ele lembra ainda que a vacina de raiva é obrigatória para todos os destinos, nacionais e internacionais, e as outras vacinas (polivalentes) depende do país de destino. “Para realizar viagens nacionais, os tutores devem portar a carteira de vacinação do animal, comprovando a imunização contra a raiva, e um atestado de saúde emitido por veterinário com registro no Conselho Regional do estado”.

Quando a viagem for por avião, os responsáveis pelo animal também têm que se ater às políticas próprias da companhia aérea, que tratam sobre as exigências de caixa de transporte e ainda sobre a possibilidade de viagens com os animais dentro da cabine de passageiros.

Caso a viagem seja para o exterior, é necessário providenciar, além da carteira de vacinação e do atestado, o Certificado Veterinário Internacional (CVI), para cães e gatos, e o Guia de Trânsito Animal (GTA), para outras espécies, ambos expedidos por médico-veterinário habilitado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). A solicitação é feita nas unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro).

Confira as dicas para avaliar, junto com seu médico-veterinário:

1- Vacinação em dia. Atenção especial à V8, antirrábica, contra gripe e contra giárdia/giardíase. Algumas companhias aéreas exigem a vacina antirrábica no mínimo 30 dias antes da data do embarque;

2- Coleira repelente é indispensável na prevenção à Leishmaniose, que é mais comum no verão, pois as altas temperaturas são ideais para a proliferação do mosquito Palha, vetor da doença;

3- Antiparasitários: o calor também gera aumento na proliferação de parasitas como pulgas e carrapatos, por isso, é necessário escolher o antiparasitário o ideal para o seu pet;

4- Vermifugação: antes da viagem, o ideal é realizar um exame parasitológico das fezes. Para que, caso haja alguma verminose, seja iniciado o tratamento com as medicações corretas;

5- Doença do Verme do Coração (dirofilariose): primeiros sinais são tosse e cansaço. Comum nos períodos mais quentes, quando há proliferação de carrapatos e do mosquito vetor. Ideal é prevenir e fazer a desparasitação com o médico-veterinário.

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