Déficit de pessoal e de recursos, além dos riscos de ocorrer um acidente sanitário de alta gravidade estão na lista de preocupações reveladas em uma reunião entre o Conselho Regional de Medicina Veterinária da Bahia e a Associação dos Especialistas e Fiscais do Grupo Ocupacional de Fiscalização e Regulação estadual (Asserf).

Nos últimos anos, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) perdeu mais de 1,1 mil servidores, situação que, segundo o vice-presidente da Asserf, Mário Carvalhal, reduziu a capacidade de atuação do órgão. “A fiscalização está prejudicada. Eram 70 gerências técnicas. A nova estrutura da Adab conta, hoje, com 27 unidades descentralizadas. Dessa forma, não há como atender a todo o estado”, pontua.

No encontro, os representantes da Asserf pediram apoio ao Regional baiano para cobrar ao Governo do Estado a realização de um concurso público, a fim de contratar novos profissionais. “A Agência tinha dois mil servidores atuantes. O quadro atual é de aproximadamente 900”, destaca Carvalhal.

O presidente do CRMV-BA, Altair Santana, ressalta que a autarquia federal está atenta ao cenário. “Nos colocamos ao lado dos agentes porque, segundo eles, a Adab tem reduzido a atuação nas barreiras sanitárias fixas e móveis, principalmente no turno da noite, quando não há policiamento. Sem a presença policial, falta segurança aos fiscais no exercício da profissão”.

Altair Santana lembrou, ainda, do caso do fiscal da Adab, Mário Gomes, assassinado a tiros enquanto trabalhava em uma barreira sanitária no posto de Paulo Afonso-BA, norte baiano, em 2017. Além do presidente do Regional baiano e do vice-presidente da Asserf, participaram da reunião realizada na segunda-feira (22), o tesoureiro do CRMV-BA, Rodrigo Bittencourt, e os médicos-veterinários Augusto Mesquita e Sérgio Vidigal.

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