Foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (8) a Lei 14.792, que institui o Dia Nacional da Saúde Única. Pelo documento, a data deve a ser celebrada, anualmente, no dia 3 de novembro, “com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a relação indissociável entre as saúdes animal, humana e ambiental”.

O conceito Saúde Única foi proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), reconhecendo que existe um vínculo entre o meio ambiente, as doenças dos animais e a saúde humana.

“A saúde humana também depende bastante do médico-veterinário e é isso que a sociedade começa a reconhecer com a sanção desta lei. É realmente uma grande conquista para nossa profissão, pois não cuidamos apenas dos animais, a Medicina Veterinária trata também de alimentos, do solo, da água, da saúde pública. Estamos presentes nos estudos de genética, nas vacinas das pandemias, nos remédios para doenças que circulam nos animais e atingem os homens (zoonoses) – e muitas outras áreas”, ressalta o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), Altair Santana de Oliveira.

Essa amplitude faz da Medicina Veterinária a vertente principal da saúde única, que será celebrada, anualmente, a cada 3 de novembro. Mas afinal o que é saúde única? O conceito representa uma visão integrada, considerando que as saúdes humana, animal e ambiental são interdependentes. A partir da Saúde Única é possível definir políticas, legislação, pesquisa e implementação de programas, em que múltiplos setores se comunicam e trabalham em conjunto nas ações para a diminuição de riscos e manutenção da saúde. Essa integração pode contribuir para a eficácia das ações em saúde pública, com redução dos riscos para a saúde global.

Para o presidente da Comissão Estadual de Saúde Única do CRMV/BA, o médico-veterinário, Eduardo Ungar, esta lei é o reconhecimento da importância das doenças zoonóticas para a humanidade e os riscos da degradação ambiental rápida e irreversível, com impactos cada vez maiores na saúde do ser humano, com a ocorrência de surtos, epidemias ou pandemias de zoonoses. “A Medicina Veterinária se coloca numa posição de vanguarda nessa luta e o reconhecimento desses profissionais como agentes fundamentais da Saúde Única é um avanço e ganho para toda sociedade”, concluiu.

Origem – O Dia Mundial da Saúde Única, 3 de novembro, é uma iniciativa da One Health Commission, da One Health Platform e da One Health Initiative Team. Desde 2016, essas organizações globais independentes de profissionais multidisciplinares celebram a data. O objetivo é atuar pela disseminação do conceito, que integra as saúdes humana, animal e o meio ambiente e foi lançado pela Wildlife Conservation Society, em 2004.

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