O Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) reforça em ofício encaminhado ao Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), a necessidade das instituições que tenham animais para atividades de ensino, extensão, capacitação, treinamento ou transferência de tecnologia com finalidade didática estejam devidamente credenciadas. A legalização é feita on-line na plataforma do Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais (Ciuca).
Para as instituições que não sejam de nível superior ou médio (da área biomédica), o Concea permite que os trabalhos sejam feitos sob a chancela de instituição já credenciada, necessitando apenas formalizar o instrumento legal de cooperação.
Autônomos
Segundo o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal toda atividade relacionada ao uso de animais para ensino e pesquisa é vedado a pessoas físicas em atuação autônoma e independente.
A atuação dos autônomos só é permitida com o instrumento legal de parceria com instituição já credenciada e deve ser formalizado antes de iniciar as atividades de aula com uso de animais. Os profissionais de Medicina Veterinária e Zootecnia que descumpram as orientações cometem infrações administrativas no âmbito de competência do CONCEA.
A eleição da médica-veterinária Ana Elisa Almeida CRMV/BA 1130, repercutiu de forma extremamente positiva entre os profissionais baianos. Ela já foi presidente do CRMV/BA e agora será a primeira mulher a comandar o Conselho Federal. A direção e funcionários do Regional baiano comemoraram a escolha do seu nome e expressaram votos de sucesso.
A médica-veterinária Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida será a primeira mulher a presidir o Conselho Federal de Medicina Veterinária. A eleição para a Gestão 2023-2026 do CFMV foi realizada hoje (4), das 9h às 15h, na sede do conselho, em Brasília. Ana Elisa liderou a Chapa 1, denominada Uma Visão o Futuro, que acabou constante no pleito como única participante, devido ao indeferimento do registro da chapa concorrente.
Votaram presidentes e vice-presidentes (delegados-natos) e delegados eleitos (um de cada unidade da Federação), representando os Conselhos Regionais de Medicina Veterinária que atenderam às exigências descritas no Ofício Circular 48/2023, enviado aos presidentes em 5 de maio deste ano. Ao todo, a Chapa 1 recebeu 68 votos, de um total de 78, e será empossada no dia 15 de dezembro deste ano, com mandato até dezembro de 2026.
“Já somos maioria na profissão, nada mais natural que em algum momento uma mulher se tornasse presidente do CFMV. É uma honra ocupar esse lugar e tenho consciência da responsabilidade que assumo, perante os colegas e a sociedade. Temos o desafio de apoiar os regionais para que cumpram com excelência sua missão maior, que é a fiscalização do exercício profissional”, afirmou a presidente eleita.
Pós-resultado
Após a declaração do resultado, o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida e a presidente eleita juntaram-se na mesa ao presidente da Comissão Eleitoral Federal, médico-veterinário Luiz Carlos Rodrigues Cecílio, e ao presidente da mesa eleitoral, Eder Rodrigo Carvalho. Cavalcanti agradeceu pelo trabalho de ambos, bem como aos funcionários do conselho, aos eleitores e fez uma especial menção à equipe jurídica do federal, devido à sua atuação em prol da melhoria da qualidade do ensino.
“Muito me orgulha, hoje, ter a Ana aqui ao meu lado, eleita presidente. Respondi a seis processos e me orgulho de ter respondido a seis processos em defesa deste ensino EaD para a Medicina Veterinária”, afirmou ele, que lembrou também a implementação do Sistema Unificado de Administração de Processos (Suap) nos conselhos e garantiu que seus planos, após 15 de dezembro, se resumem a pescar na praia, na cidade de Peruíbe (SP).
Emocionada, Ana Elisa fez um discurso de dez minutos, em que renovou os agradecimentos feitos pelo atual presidente e agradeceu os 87% de votos recebidos pela chapa, bem como aos 15 colegas que compõem a chapa. “Hoje os senhores fizeram história, pois pela primeira vez, em 55 anos de existência, uma mulher foi eleita para conduzir a presidência do Conselho Federal de Medicina Veterinária e assumir toda a responsabilidade que esse honroso cargo traz”, declarou ela, que também exaltou o aprendizado conquistado como vice-presidente, ao lado de Cavalcanti.
Ao final, a médica-veterinária conclamou a união: “A partir de hoje, não temos mais disputa. Vamos todos juntos construir um novo futuro para o Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária, para a Medicina Veterinária e a Zootecnia brasileiras. Com os 15 colegas que me acompanham nessa missão, reafirmamos em público o compromisso de fazer uma gestão participativa, com articulação institucional, fortalecimento e inovação dos processos, buscando sempre a valorização das nossas profissões. Os desafios são muitos e estamos preparados para enfrentá-los”, disse Ana Elisa.
A voz embargada de Cecílio, por vezes até falha, resume o que foi desempenhar o papel de presidente da CEF nesse processo eleitoral. “Uma função bastante cansativa e estressante. Passei dias estudando a legislação que rege o processo. Agradeço aos colegas que me apoiaram de forma contundente na comissão eleitoral e agora, na mesa. Quero parabenizar a Dra. Ana Elisa, que é uma pessoa por quem eu tenho todo respeito, e que chegou ao topo da carreira como presidente do conselho federal”, comentou.
Quem é Ana Elisa?
Primeira mulher a compor a Diretoria Executiva do CFMV, Ana Elisa tem longa atuação como professora e liderança política da Medicina Veterinária. Foi secretária-geral e, por dois mandatos, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA). Atualmente, é a vice-presidente do federal, o que a faz estar presente no Sistema há exatos 20 anos.
Formada pela Universidade Federal da Bahia, é professora titular de Anatomia no mesmo curso e instituição em que se formou. Muito ligada à família, é casada há mais de 40 anos, mãe de um casal de filhos e avó de três netos. Quando eleita vice-presidente, em 2020, a médica-veterinária foi entrevistada pela Revista CFMV nº 87 – clique e conheça mais sobre ela.
Veja os nomes que vão compor a Gestão 2023-2026 do CFMV
Diretoria Executiva Presidente – Ana Elisa Fernandes de Souza Almeida – CRMV-BA nº 1130
Vice-presidente – Romulo César Spinelli Ribeiro de Miranda – CRMV-RJ nº 2773
Secretário-Geral – José Maria dos Santos Filho – CRMV-CE nº 0950
Tesoureiro – Marcus Vinicius Oliveira Neves – CRMV-SC nº 3355
Coordenadores de cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia, presidentes de associações e demais entidades que reúnem médicos-veterinários e zootecnistas devem ficar atentos à data limite de envio de solicitações de apoio a projetos a serem realizados em 2024: 20 de julho de 2023.
Decorrido este tempo, as solicitações podem ser recusadas sem passar por avaliação.
É necessário este prazo para que os projetos sejam analisados, aprovados ou recusados pelo plenário do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA) e então incluídos na Proposta Orçamentária 2024.
Podem receber apoios: eventos técnicos científicos e/ou publicações técnicas científicas que envolvam o interesse da Medicina Veterinária e da Zootecnia.
Para conhecer todo o trâmite legal, leia a Resolução CRMV/BA nº 006, de 02 de fevereiro de 2009.
Todas as decisões financeiras do Regional baiano são fiscalizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Após divulgar os dados de fiscalizações realizadas em abril de 2023, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), encaminhou seus fiscais para diversas outras ações:
Em 06 de junho de 2023, com o conselheiro e diretor da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, médico-veterinário Rodrigo Bittencourt, os fiscais acompanharam as obras de construção do Hospital Veterinário Municipal de Salvador.
Foi um visita de orientação sobre a estrutura, a convite dos responsáveis.
“A gente espera que seja um equipamento de uso importante para a sociedade baiana, não somente para a saúde animal, mas também para a saúde pública, atendendo diversos tipos de situações”, explicou Bittencourt.
Com intenção de ser uma unidade pública para consultas, exames e procedimentos cirúrgicos a animais domésticos, o hospital anuncia que terá atendimento ambulatorial, vacina, centro cirúrgico, internamento, raio X e exames de imagem.
Localizado no bairro de Canabrava, o empreendimento tem expectativa de ser entregue neste ano, estando com cerca de 70% das obras concluídas. Em funcionamento, poderá receber por volta de de 60 animais ao dia.
Camaçari
Antes de atender ao convite da Diretoria de Proteção Animal (Dipa) em Salvador, a fiscalização esteve no município de Camaçari em 19 de maio de 2023 para averiguar uma denúncia sobre uma clínica e um pet shop-banho e tosa.
Com base na Resolução CFMV Nº 1275/ 2019, foi aplicado um Auto de Infração, com trinta dias de prazo para resolver os problemas apontados. Também foram encontradas irregularidades à luz das Resoluções CFMV Nº 780/ 2004 e Nº 1138/ 2016, sendo a última o Código de Ética do Médico-Veterinário.
Vera Cruz
Em 05/06/2023, a equipe, com a Vigilância Sanitária (Visa) de Vera Cruz e a polícia militar estiveram em um local que foi denunciado como espaço de realização de castrações a baixo custo, sem os devidos cuidados com o bem-estar dos animais. A denúncia dava conta de que um animal teve complicações após um procedimento cirúrgico.
Segundo a fiscalização, naquele momento, não foram observados indícios de realização de cirurgias, sendo que todos os armários, caixas de perfurocortantes, caixas, gavetas e cestos de lixo foram devidamente inspecionados.
Também usando como base a Resolução CFMV Nº 1275/ 2019 foi gerado um Termo de Constatação e dois Autos de Infração.
Ambas as ações de Camaçari e Vera Cruz foram na companhia da médica-veterinária Ilka Gonçalves, presidente da Comissão Estadual de Ética, Bioética e Bem Estar Animal (COMEEBB) do CRMV/BA.
“As ações de fiscalização, especialmente as desenvolvidas de modo conjunto com outros órgãos, são importantes ferramentas para a defesa da sociedade e demonstram o quão salutar é a cooperação entre as entidades. Nas ações desempenhadas fica claro o estreitamento da relação do Regional com o cidadão, tendo em vista os esforços direcionados à apuração das denúncias recebidas”, ressaltou a Vice-presidente do CRMV/BA e coordenadora-geral da fiscalização, médica-veterinária Rebeca Ribeiro.
Sobre o autor: Coronel José Roberto Pinho é baiano, conselheiro do CRMV/BA. Possui vasta folha de serviços prestados à nação, tendo sido parte das Forças de Paz da ONU, no Haiti, onde desenvolveu trabalhos premiados. É educador. Comendador, tendo sido agraciado com a Comenda Muniz de Aragão, do CFMV, em 2021. É doutor e pós-doutor em Saúde Pública Global e Ambiental.
Dia da Veterinária Militar Brasileira 2023
No dia 17 de junho, comemora-se o Dia da Medicina Veterinária Militar Brasileira, homenagem ao patrono do Serviço de Veterinária do Exército Brasileiro. O Tenente Coronel Médico João Muniz Barreto de Aragão, nascido naquela data no ano de 1874, em Santo Amaro – Bahia, filho do Barão de Mataripe, criou a atividade de Veterinária Militar no Brasil. Na Faculdade de Medicina da Bahia formou-se em medicina e, ainda durante sua graduação, voluntariou-se para compor a equipe médica nas operações militares em Canudos, no ano de 1897, destacando-se pelo dedicado trabalho e acentuado espírito de solidariedade. No ano de 1901, passou a integrar o Corpo de Saúde do Exército. Ainda como Capitão, Muniz de Aragão instalou e foi o primeiro diretor da precursora Escola de Veterinária do Exército, em 1910, formando os primeiros profissionais brasileiros, em 1917, com ajuda de missão militar de veterinários da França.
Muniz de Aragão participou de várias comissões, entre elas a que organizou o Serviço de Defesa Sanitária Animal e de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura e aquela que instituiu a Profilaxia dos Quartéis. Foi fundador da Sociedade Médico-Cirúrgica Militar, e nomeado Inspetor do Serviço de Veterinária do Exército. Pelos inestimáveis serviços que prestou à Nação, não só à Veterinária e ao Exército, o brilhante médico-soldado, que morreu precocemente aos 48 anos, teve reconhecido todo o seu labor no combate às doenças infecciosas que acometiam a tropa, nas relevantes pesquisas em microbiologia e nos esforços para a formação dos primeiros quadros de Veterinária, sendo instituído pelo Decreto-Lei nº 2893, de 20 de dezembro de 1940, Patrono do Serviço de Veterinária do Exército Brasileiro.
Em 13 de março de 1975, fruto de transformações doutrinárias e da mecanização da cavalaria e consequente redução drástica dos efetivos hipomóveis, a Escola de Veterinária do Exército foi extinta. Porém, a partir de 17 de junho de 1991, a especialidade veterinária voltou a integrar os quadros do Exército Brasileiro (EB) por intermédio do Quadro Complementar de Oficiais (QCO). Em 1992, formou-se na Escola de Administração do Exército (EsAEx), atual Escola de Saúde e Formação Complementar do Exército (ESFCEx), a primeira turma de veterinários militares desta nova geração, dos quais seis oficiais chegaram ao último posto da carreira, Coronel, em 2017, momento marcante da evolução recente da Veterinária Militar.
A centenária Medicina Veterinária no Brasil surgiu como uma iniciativa de inovação do Ministério da Guerra, diante da necessidade de enfrentar crises sanitárias que atingiam os soldados, os rebanhos produtores de alimento e principalmente os cavalos, grande força de transporte militar do início do Século XX. Hoje, a Medicina Veterinária é protagonista na “Saúde Única” e está na base da cadeia produtiva do agronegócio brasileiro, pilar fundamental da economia nacional.
A Veterinária Militar evoluiu ao longo da história dos conflitos, adaptando-se às novas características de combate. Hoje, os médicos veterinários da Força Terrestre atuam em diversas frentes, nos mais de 600 quartéis pelo Brasil ou nas Operações Militares, desempenhando missões que incluem:
– as atividades de biossegurança e bioproteção nas operações militares;
– o controle da qualidade da água, a inspeção de alimentos e a vigilância sanitária;
– defesa alimentar e saúde operacional;
– inteligência em saúde frente a riscos biológicos emergentes, bioterrorismo e o agroterrorismo;
– controle da população de vetores e roedores, gestão e a preservação do meio ambiente;
– a preservação da saúde dos animais de emprego militar;
– a inspeção sanitária de instalações e áreas de acampamento;
– o apoio às ações cívico-sociais e de educação em saúde;
– a prevenção das zoonoses; e
– a pesquisa científica e doutrinária.
Neste 17 de junho de 2023, os cerca de 200 médicos veterinários do Exército, juntam-se às dezenas de outros colegas militares que atuam na Marinha do Brasil, na Força Aérea Brasileira, nos Corpos de Bombeiros e Polícias Militares. Irmanados na labuta dos quartéis, seguem inspirados e entusiasmado pelo exemplo e ideais de Muniz de Aragão, mantendo as tradições, engrandecendo a Medicina Veterinária Brasileira, renovando seu compromisso de continuar trabalhando e aplicando seus conhecimentos para a “proteção da saúde da Força”, da preservação do potencial humano das tropas, bem como contribuindo para a Defesa, a Segurança e o Desenvolvimento nacional sob os auspícios do paradigma da “Saúde Única”, no qual se preserva a sustentabilidade dos padrões sanitários do meio ambiente, animais e humano.
Qual é o total de médicos-veterinários atuando no Brasil? Quantos cursos de Zootecnia estavam em funcionamento, em 2005? Quantas vagas são ofertadas no ensino a distância de Medicina Veterinária? Essas e outras questões agora encontram resposta numa única ferramenta. O painel de inteligência de dados criado pelo médico-veterinário Fernando Zacchi visa facilitar o acesso a informações, como número de cursos de graduação em Medicina Veterinária e Zootecnia, profissionais inscritos, total de vagas etc. De livre uso, a ferramenta já está disponível – os links estão no pé desta reportagem.
Zacchi, que é assessor técnico do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), elaborou o projeto como trabalho de conclusão de seu curso de MBA em Data Science e Analytics, na Escola Superior Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP). Ele explica que a iniciativa surgiu dos questionamentos que recebe, no regional, sobre o número de cursos de graduação e de profissionais inscritos no Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs).
Embora tais dados sobre cursos de graduação e profissionais de Medicina Veterinária e Zootecnia estejam disponíveis em formato de planilhas, era necessário acessá-los, no mínimo, em dois sites diferentes, fazer alguns filtros e cálculos para obter o resultado.
“O que me motivou foi a vontade de construir um painel bem visual e interativo para que qualquer cidadão pudesse acessar essas informações de maneira fácil, sem precisar se debruçar sobre planilhas para identificar onde estão os cursos e os profissionais distribuídos pelo país”, detalha.
A ferramenta apresenta o número de cursos de Medicina Veterinária e de Zootecnia que já iniciaram suas atividades, distribuídos pelas unidades da Federação, podendo ser filtrados pelo ano de início, pela modalidade de ensino, pela categoria pública ou privada e pela nota no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), realizado pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, um outro painel, exibido como se fosse uma segunda página, mostra o número de profissionais inscritos nos CRMVs.
“É possível cruzar alguns dados por meio dos filtros. Por exemplo, é possível selecionar um ou mais estados para visualizar o número de cursos e vagas existentes (segurando a tecla Ctrl e clicando na sigla do estado no menu esquerdo). Também é possível selecionar os dados em cada caixa de diálogo e obter, por exemplo, os cursos de instituições públicas com nota máxima no Enade. Tudo isso filtrando por ano ou período de abertura do curso”, cita Zacchi.
Inteligência de dados permitirá propostas
O painel com dados sobre cursos de graduação e profissionais de Medicina Veterinária e Zootecnia criado pelo médico-veterinário poderá ser um auxiliar no diagnóstico e em propostas para a melhoria na formação de futuros profissionais. Ele poderá, por exemplo, ser utilizado pelas comissões de ensino, quando consultadas para efetuarem a análise de aberturas de cursos, sendo um instrumento adicional para demonstrar, entre outros tópicos, o excesso de cursos existentes em uma determinada região geográfica. “É possível, ainda, demostrar de maneira fácil a quantidade de vagas existentes na mesma região e uma linha do tempo da abertura de novos cursos naquela área”, ilustra.
Está disponível no painel, ainda, que apesar de haver 536 cursos de Medicina Veterinária autorizados a funcionar no país, 476 já tiveram seu início efetivo. “Embora haja mais cursos com seu funcionamento autorizado, alguns deles há mais de 10 anos, optei pelo recorte dos já atuantes, o que possibilita estabelecer um filtro por linha do tempo e atualizar os dados na medida em que esses cursos autorizados entrarem em atividade”, explica Zacchi.
Para o assessor técnico do CRMV-SC, o painel atende, no momento, ao seu propósito inicial, podendo os dados serem atualizados periodicamente. Ele não descarta a possibilidade de adicionar novas funcionalidades à ferramenta, quando houver disponibilidade de mais dados que possam integrá-la. Vale reforçar, o acesso e a consulta ao painel sobre cursos de graduação e profissionais de Medicina Veterinária e Zootecnia são livres.
“O intuito é disponibilizar essas informações a todos os regionais que queiram manter essa informação em seus portais de transparência”, conclui Zacchi.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), buscando dar transparência e agilidade nas informações, disponibilizou um painel BI (Business Intelligence) para consulta de casos confirmados do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) – H5N1.
A plataforma pode ser consultada por qualquer pessoa e será atualizada duas vezes ao dia, às 13h e às 19h, quando sair o laudo de uma investigação confirmando a detecção de IAAP. À medida que for necessário, o Mapa continuará aperfeiçoando a ferramenta para facilitar o acesso às informações para toda a população brasileira.
Até o momento, são 24 focos confirmados em aves silvestres nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo, nas espécies: Thalasseus acuflavidus (trinta-réis-de-bando), Sula leucogaster (atobá-pardo), Thalasseus maximus (trinta-réis-real), Sterna hirundo (Trinta-réis-boreal), Megascops choliba (corujinha-do-mato), Cygnus melancoryphus (cisne-de-pescoço-preto), Chroicocephalus cirrocephalus (Gaivota-de-cabeça-cinza), Fregata magnificens (Fragata) e Nannopterum brasilianum (biguá).
O Mapa segue alertando a população para que não recolham as aves que encontrarem doentes ou mortas e acionem o serviço veterinário mais próximo para evitar que a doença se espalhe.
Não há mudanças no status brasileiro de livre da IAAP perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial.
Médicos-veterinários do estado se reuniram para fundar a Associação de Buiatria da Bahia (Abba), continuidade da Associação Baiana de Buiatria (ABB), criada pelo Professor Doutor Luciano Figueiredo, que veio a ser encerrada.
Entidade sem fins lucrativos, a Abba tem por objetivo reunir acadêmicos e médicos-veterinários ligados à área e especialidades de ruminantes. Com 16 diretores, cinco deles mulheres, a entidade tem representantes das mais variadas instituições do estado, como o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
A Medicina Veterinária baiana comemora a chegada da mais nova entidade “ficamos felizes com a proatividade dos profissionais fundadores da Abba. Sabemos que a sanidade dos bovinos é extremamente importante para a balança comercial brasileira e claro, para o aporte de proteína da população. Garantir isso é motivo de alegria e orgulho para todos os profissionais”, celebra Altair Santana de Oliveira, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia.
Segundo o presidente da associação, o estado está maduro para a ABBA: “herdamos o histórico da antiga associação, que conseguiu promover dois grandes eventos em Salvador: o primeiro foi em 1990, o Congresso Latino-americano de Buiatria e o XVI Congresso Mundial de Buiatria, e o segundo em 2002, o I Encontro Nacional de Dirigentes das Associações Estaduais de Buiatria, no qual ocorreu a modificação do estatuto, incluindo bubalinos, caprinos e ovinos na área e criando a personalidade jurídica de entidade nacional”, conta o médico-veterinário Vítor Carvalho.
Por aclamação, a entidade elegeu três conselheiros: Prof. Dr. Luciano José Costa Figueiredo, buiatra renomado, fundador do Centro de Desenvolvimento da Pecuária CDP-UFBA, Prof. Dr. Joselito Nunes Costa e Profa. Dra. Maria Consuêlo Caribé Ayres. Os nomes foram em razão do histórico no ensino, extensão e pesquisa na área de buiatria, pessoas que ocuparam ou ocupam cargos relevantes em diversas instituições e pelo trabalho na direção da antiga associação.
Com o propósito de estimular a atualização contínua dos profissionais, a entidade quer promover eventos e trocar experiências com a Academia.
Atuante, a Abba está sempre anunciando eventos como este nos dias 26 e 27 de maio de 2023:
Para participar da Abba, explica Vítor Carvalho, o/a interessado/a seja graduando/a ou profissional, pode inscrever-se usando o link de filiação que está no perfil do Instagram @buiatriaba.
Dados da Abba:
Associação de Buiatria da Bahia
Fundação: 28 de julho de 2022
Presidente: Méd. Vet. Vitor Santiago de Carvalho
Estrutura organizacional: Presidência, Secretaria geral, 5 diretorias e 3 conselheiros
Membros fundadores:
Membros fundadores:
Méd.- Vet. Vitor Santiago de Carvalho – CDP/Ufba;
Méd.- Vet. Carmo Emanuel Almeida Biscarde – IFBA / Conselheiro do CRMV/BA; Méd.- Vet. Prof. Moisés Dias Freitas – Ufba;
Méd.- Vet. Danielle Nobre Santos Pinheiro- UFRB;
Méd.- Vet. Darlan Rodrigues Macedo – Autônomo;
Méd.- Vet. Prof. Tiago da Cunha Peixoto – Ufba;
Méd.- Vet. Thiago Sampaio de Souza- UFRB,
Méd.- Vet. Profª. Anna Fernanda M. S. da Cruz Ferreira- CDP/Ufba / FAT;
Méd.- Vet. Ana Paula Gonçalves Ferreira Miranda- UFBA;
Méd.- Vet. Prof. Fernando Alzamora Filho – UESC;
Méd.- Vet. Prof. Dr. Rodrigo Freitas Bittencourt UFBA / Conselheiro do CRMV/BA; Méd.- Vet. Profª. Carla Maria Vela Ulian – Ufob;
Méd.- Vet. Prof. Endrigo Adonis Braga de Araújo- Senar/ Faculdade Rebouças;
Méd.- Vet. Prof. Dr. Luciano José Costa Figueiredo Fundador do CDP-Ufba;
Méd.- Vet. Prof. Joselito Nunes Costa UFRB; e
Méd.- Vet. Profª. Maria Consuelo Caribé Ayres/Ufba.
Sobre o presidente:
Vitor Santiago de Carvalho foi eleito para o biênio 2022-2024. Cursou graduação, mestrado e doutorado na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia (Emevz) da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Também foi professor da instituição, médico-veterinário do Hospital Veterinário Hospmev-Ufba em Salvador e Coordenador do Hospital de Ruminantes e Equídeos/CDP-Ufba em Santo Amaro. Atualmente ocupa o cargo de médico-veterinário do setor de Ruminantes do CDP-Ufba.
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