Cumprindo o papel de consultor de autoridades públicas, conforme estabelecido na Lei 5.517/ 1968, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), participou na terça-feira (27/02/2024) do Fórum Estadual de Vigilância Epidemiológica promovido pelo Ministério Público da Bahia (MPBA).
Representaram o Regional baiano o presidente Altair Santana de Oliveira e a Assessora Técnica, Isa Porto. Também tomaram parte no evento representantes do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb), Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (Coren), Sistema Único de Saúde (Sus), Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e dos Conselhos Municipais de Saúde.
Na pauta do fórum, duas zoonoses que estão avançando no estado da Bahia: a dengue e a esporotricose.
“Há anos nosso Conselho faz eventos e documentos para alertar as autoridades de saúde sobre essas questões. Inclusive nossa Comissão Estadual de Saúde Única realizou em 2015 uma conferência na qual discutiu esses temas, as zoonoses emergentes e reemegentes. Como profissionais de saúde, os médicos-veterinários possuem dados, conhecimento e formação técnica adequada para trabalhar com essas zoonososes”, observou Altair Santana.
No fórum, os participantes puderam ouvir sobre os aspectos técnicos da esporotricose, formas de contaminação e sobre as ações necessárias para o combate.
Para estabelecer estratégias contra o crescimento da esporotricose, é necessário que todos os casos sejam comunicados ao Sinan, conforme esta matéria. Foi alertado aos profissionais de saúde a atualização do CID que passa a ser B42-9.
Dengue
Segundo o Ministério da Saúde, já foram registrados 973.347.00 casos de dengue no país, com 195 mortes. Na Bahia, são mais de 19.400 casos e segundo o governo do estado, 129 municípios baianos estão em situação de epidemia, risco e alerta. Na reunião o Ministério Público cobrou das autoridades de saúde dados concretos sobre número de leitos, profissionais e rede de atendimento para cuidar dos infectados, principalmente no ápice dos casos, que costuma ocorrer entre o final de março e o começo de abril.
“O Ministério Público está de parabéns pelo evento que junta estado, município e demais entidades de saúde para discutirmos essas questões, visando a saúde humana, animal, vegetal e ambiental”, disse Isa Porto, que é zootecnista de formação.
A condução da reunião ficou a cargos dos promotores de Justiça Rogério Queiroz, Patrícia Medrado, Rocío Matos e Cristina Seixas.