Em 90 dias, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e as entidades do setor envolvido na coleta, processamento e destinação de carcaças de animais nas propriedades rurais deverão elaborar propostas para o direcionamento correto destes subprodutos. Portaria publicada no Diário Oficial da União criou grupo de trabalho com esta finalidade.
O GT será composto de integrantes do Departamento de Saúde Animal (DSA), da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa); Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Associação Brasileira de Reciclagem Animal (Abra).
A destinação de carcaças de animais que morrem por causas rotineiras ou catastróficas é um problema que afeta a maioria das propriedades rurais produtoras de suínos, aves e bovinos. A preocupação se deve especialmente à falta de uma regulamentação específica para a remoção e destinação que atenda os aspectos sanitários, ambientais e econômicos.
A Embrapa Suínos e Aves, de Concórdia (SC), tem atuado na avaliação de práticas e tecnologias apontadas como rotas tecnológicas: compostagem acelerada, biodigestão anaeróbia (decomposição de matéria orgânica que ocorre na ausência de oxigênio gerando o biogás), desidratação, incineração e reciclagem industrial de carcaças (rendering) para a produção de farinhas, gorduras, fertilizantes e outros coprodutos de valor agregado. A avaliação das rotas é realizada por meio do projeto Tecnologias para destinação de carcaças (TEC-DAM), que conta com a participação da Embrapa Gado de Leite (MG) e do Mapa.
A reciclagem animal é a atividade que processa as partes não comestíveis do abate, transformando-as em gorduras e farinhas de origem animal. O Brasil está entre os quatro maiores produtores de reciclados. Existem duas modalidades de reciclagem: aquela feita por empresas associadas aos frigoríficos, as graxarias, e as indústrias independentes, chamadas de fábricas de produtos não comestíveis (FNPC).
Os últimos dados apontam que o setor tem 512 empresas, das quais 343 são graxarias e 169 FNPC. A atividade garante a retirada anual de mais de 12 milhões de toneladas de subprodutos de origem animal, em sua maioria destinados à nutrição animal (rações). Sem a reciclagem, haveria elevado risco sanitário (propagação de doenças) e poluição ambiental.
Cumprindo o que estabelece a Lei 5.517, o CRMV/BA enviou também para o interior do estado a fiscalização da Autarquia. Desta vez, foi realizada a Rota Sta. Maria Da Vitoria / Bom Jesus Da Lapa 2017.
Esta rota cobre o oeste/ extremo oeste do estado até a divisa de Goiás e é uma das rotas de maior extensão geográfica do CRMV/BA. A cidade de Correntina, por exemplo, fica a 914 km de Salvador.
Concomitante à fiscalização são prestadas orientações práticas para evitar erros que podem gerar punições.
Aos estabelecimentos são prestadas informações sobre documentação, legislação e orientações práticas sobre a forma correta de armazenamento de mercadorias ou sobre a disposição correta do imóveis, como por exemplo, entradas separadas para clínicas veterinárias e pet shops de um mesmo empreendimento. Para os profissionais, a fiscalização alerta sobre a seriedade de ser um RT, seus direitos e seus deveres en relação à empresa e também à sociedade.
Denúncias de estabelecimentos irregulares podem ser feitas à Fiscalização desta Autarquia no e-mail fiscalizacao@crmvba.org.br Vista Aérea da cidade de Correntina (Foto: Divulgação/Prefeitura)
Números da Rota Sta. Maria Da Vitoria / Bom Jesus Da Lapa 2017
19 Cidades visitadas: Bom Jesus da Lapa, Brejolândia, Canápolis, Carinhanha, Côcos, Coribe, Correntina, Igaporã, Iuiu, Jaborandi, Malhada, Riacho de Santana, Santa Maria da Vitoria, Santana, São Felix do Coribe, Serra do Ramalho, Serra Dourada, Sitio do Mato e Tabocas do Brejo Velho.
02 Distritos fiscalizados: Julião e Monbaça.
Total de localidades fiscalizadas: 21.
(As cidades de Feira da Mata e Matina não foram fiscalizadas devido às condições das estradas sem cobertura asfáltica).
Data: 15/05/2017 a 26/05/2017
Foram percorridos 3.447 km
171 estabelecimentos foram fiscalizados
71 autos de infração precisaram ser emitidos, sendo:
16 Autos por falta de registro
55 Autos por falta de A.R.T*
Fiscalizado por: Alexander Ramos
*Profissionais interessados em ser RT verifiquem no Siscad quais empresas estão precisando dos seus serviços. A pesquisa é simples e rápida. A ASCOM do CRMV/BA fez um tutorial e está disponível em: http://crmvba.org.br/como-saber-se-uma-empresa-tem-rt/
O evento foi aberto com a formação da mesa de honra composta pela organizadora, MV Adriana Jucá, pelo Diretor da EMVZ-UFBA, MV Antônio Lisboa e pela presidente do CMRV/BA, MV Ana Elisa Almeida.
O MV Jorge Ribas abriu o primeiro dia do Ciclo de palestras com o tema “Diagnósticos de enfermidades passíveis de credenciamento pelo MAPA”.
A segunda palestra foi do MV Antônio Lemos Maia Neto, que falou de “Febre aftosa e Defesa Agropecuária”.
Na pauta do ciclo, que vai até o próximo sábado, 10 de junho, temas como Defesa e Reprodução Animal, Clínica de Pequenos e Equinocultura, além de minicursos em Acupuntura, Biotecnologias do sêmen, Leishmaniose e Dermatologia veterinária.
Tratamento
O evento foi iniciativa de médicos veterinários amigos do MV Jadiel Alcântara, pai de João Pedro de três anos. O menino precisa de ser submetido a um tratamento médico na Tailândia no valor de R$ 150.000,00.
A família mora no estado de Tocantins, mas o Dr. Jadiel é egresso da UFBA, onde deixou muitos amigos.
O CRMV/BA está apoiando o evento, veja as fotos da primeira manhã.
O prazo de registro de medicamentos de uso veterinário deverá cair para apenas seis meses com as medidas definidas na Portaria 72, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), publicada nesta quarta-feira (7), no Diário Oficial da União. A norma fixa critérios para priorização da análise de novos registros e alterações de registro desses insumos, atendendo propostas de racionalização do Plano Agro+ do Mapa.
O secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luis Rangel, disse que “a partir de agora o produtor rural vai ganhar maior previsibilidade no que é importante à sua atividade”. A demanda por registro de medicamentos veterinários e defensivos agrícolas é muito grande e o governo passará a usar como critério de atendimento mais imediato os destinados aos programas sanitários e ao combate de pragas”. Rangel citou entre os prioritários os produtos destinados à brucelose e tuberculose bovinas, além dos antiparasitários e antimicrobianos que trouxerem inovações tecnológicas, mesmo que não estejam registrados no país.
Com a portaria, as categorias de produtos que poderão trazer maiores benefícios à saúde animal e pública, deverão ser licenciadas prioritariamente. Com produtos mais modernos e mais eficientes o produtor poderá ter redução nos custos de sua atividade.
A portaria especifica que passarão a frente na fila de pedidos de registro aqueles com inovação incremental (alteração resultante de nova forma farmacêutica, nova concentração, nova via de administração ou nova indicação para um princípio ativo já registrado no país), desde que tenham como objetivo a indicação para nova espécie ou para outra doença para as quais não exista alternativa terapêutica, além da primeira solicitação de registro de produto similar ou genérico, para cujo princípio ativo só haja um produto no mercado.
A médica veterinária *Débora Malta, da Comissão Estadual de Animais Silvestres e Meio Ambiente do CRMV/BA, preparou um material informativo sobre a Febre Amarela.
No texto a profissional discorre sobre as ocorrências registradas na Bahia e explica sobre os primatas mais suscetíveis e as diferenças entre os perfis urbano e silvestre de transmissão da enfermidade.
*MV Débora Malta é professora universitária e voluntária da ONG Animallia
INFORMATIVO SOBRE FEBRE AMARELA
A Febre Amarela (FA) é uma doença febril aguda de grande importância epidemiológica por sua gravidade clínica e potencial de disseminação. O agente etiológico é um arbovírus da família Flaviridae, apresenta dois ciclos de transmissão epidemiologicamente distintos:o silvestre e o urbano. Do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico, a doença é a mesma nos dois ciclos. No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (PNH) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus, e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem não imunizado participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.
Imagem: Ministério da Saúde
Características dos primatas não humanos
Em todo o mundo, existem 376 espécies de primatas não humanos descritas (Wilson; Reeder, 2005). O interesse em estudar os primatas não humanos advém de uma série de peculiaridades que apresentam, dada a proximidade evolutiva com os seres humanos; eles são os mais próximos do homem no Reino Animal, com semelhanças físicas e comportamentais (Defler, 2003). Os PNH são separados em dois grandes grupos: os macacos do Velho Mundo (Catarrhini), distribuídos pela África e Ásia, possuem focinho longo e narinas voltadas para baixo; e os macacos do Novo Mundo (Platyrrhini), distribuídos pelas Américas, também denominados primatas neotropicais, possuem focinho curto, nariz achatado e narinas voltadas para os lados (Reis et al., 2008). Os primatas neotropicais são exclusivamente arborícolas, raramente descendo ao chão (Auricchio, 1995). Todos os primatas neotropicais incluem frutos em sua dieta (NOWAK, 1999). Porém, alguns gêneros adotam dietas generalistas (Sapajus spp.), enquanto outros adotam dietas especializadas, como alimentação com folhas (Alouatta spp.), gomas e exsudatos de árvores (Callitrichidae), frutos imaturos (Pitheciidae) e insetos (Saimiri spp.). A procura de alimento relaciona-se com as necessidades nutricionais e morfofisiológicas do animal (Ayres; Martins, 1989). Portanto, cada gênero possui hábito alimentar que está diretamente relacionado ao ambiente em que vive.
O Brasil destaca-se por possuir a maior diversidade de primatas do mundo, com 110 espécies conhecidas atualmente, das quais 69 são endêmicas,incluindo espécies e subespécies (Rylands et al., 2000). Como se fosse necessário encontrar um motivo pelo qual os animais podem ser úteis ao homem, pode-se chamar a atenção para estudos sobre a febre amarela, cuja presença em primatas sinaliza a circulação viral e ajuda a desenvolver estratégias de prevenção da doença em humanos. Em regiões com habitações humanas, a morte de primatas, como os dos gêneros Sapajus e Alouatta, é um alerta para a saúde pública, justificando a importância do monitoramento desses animais, já que a erradicação da doença no seu ciclo silvestre é impossível (Reis et al., 2008).
Até 04 de maio de 2017, foram notificados ao Ministério da Saúde 3.140 casos suspeitos de febre amarela silvestre no país. Destes, 729 (23,2%) foram confirmados, 663 (21,1%) casos permanecem em investigação e 1.748 (55,7%) foram descartados. Do total de casos notificados, 410 evoluíram para óbito, sendo que 249 (60,7%) foram confirmados, 45 (11,0%) permanecem em investigação e 116 (28,3%) foram descartados. A taxa de letalidade entre os casos confirmados foi de 34,2%. Os estados com maior número de casos notificados de FA, com início dos sintomas em 01 de dezembro de 2016, por local provável de infecção foram: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Pará e Distrito Federal (Informe COES Febre Amarela nº 39/2017). Sobre a vigilância das epizootias, até 04 de maio de 2017, foram notificadas ao Ministério da Saúde, 3.660 epizootias em PNH, das quais 1.491 permanecem em investigação, 96 foram descartadas e 474 foram confirmadas para FA por critério laboratorial ou vínculo epidemiológico com epizootias em PNH ou casos humanos confirmados em áreas afetadas (municípios com evidência de circulação viral) e ampliadas (municípios limítrofes àqueles afetados), envolvendo 5.352 animais.
No estado da Bahia, até 08 de maio de 2017, foram registradas 255 epizootias em PNH notificadas, distribuídas em 78 municípios. Dessas, 54 tiveram PCR detectável para FA (positivo) em 28 municípios: Alagoinhas, Barrocas, Biritinga, Camaçari, Candeias, Catu, Cordeiros, Esplanada, Feira de Santana, Ichú, Irará, Itaparica, Ituberá, Lauro de Freitas, Mata de São João, Nova Viçosa, Ouriçangas, Paulo Afonso, Pedrão, Riachão do Jacuípe, Salvador, Santa Rita de Cássia, São Felipe, São Francisco do Conde, São Gonçalo dos Campos, São Miguel das Matas, Saúde e Vera Cruz.
A FA clássica é caracterizada pelo período de infecção, seguido de período de remissão, podendo evoluir para a cura ou para a forma grave (período de intoxicação), quando o paciente apresenta deterioração do quadro clínico. Assim, recomenda-se que TODOS os pacientes de FA sejam acompanhados por pelo menos 3 dias após o período de melhora, a fim de descartar degeneração por quadro toxêmico.
Dos casos humanos na Bahia até 08de maio de 2017, foram notificados 15 casos suspeitos de FA em oito municípios (Itiúba – 1, Coribe – 4, Itamaraju -1, Mucuri -1, Nova Viçosa -1, Teixeira de Freitas – 3, Ilhéus – 1, Feira de Santana – 1, LPI em investigação – 2). Desses, 14 foram descartados para FA (por exames para FA negativos e sinais e sintomas incompatíveis ou por confirmação laboratorial para Chikungunya) e 01 caso permanece em investigação, dependendo de resultados laboratoriais. Os residentes de Coribe, Ilhéus e Itiúba são da zona rural. A faixa etária mais acometida foi de 35 a 39 anos (20%).
Em abril de 2017, o Ministério da Saúde, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde, reconheceu uma dose da vacina contra febre amarela como sendo suficiente para garantir proteção por toda a vida, e passou a adotar no país o esquema de dose única (0,5ml) a partir dos 09 meses de idade (Nota Informativa 94/2017). Nesse contexto, a Coordenação de Imunizações e Vigilância Epidemiológica de Doenças Imunopreveníveis (CIVEDI) orienta a todos os municípios baianos que considerem vacinados os indivíduos, a partir de 09 meses de idade, que comprovarem pelo menos uma dose da vacina, não sendo mais necessária administração de dose de reforço. Desta forma, a população alvo a ser vacinada nas áreas com recomendação de vacinação do Estado são as crianças de 9 meses de idade até as pessoas com 59 anos de idade que nunca tenham tomado a vacina. Pessoas acima de 60 anos, gestantes e mulheres amamentando crianças menores de 06 meses residentes nessas áreas também poderão receber a vacina, desde que passem previamente por uma avaliação médica do risco-benefício. Indivíduos com comorbidades que contraindiquem a vacinação não deverão ser vacinados. Atualmente, a área considerada com recomendação da vacina contra febre amarela (ACRV) no Estado da Bahia envolve 95 municípios, sendo 45 municípios já faziam parte desta área, 35 passaram a ter recomendação temporária de vacinação para FA e 15 que não tinham essa recomendação vacinal, mas passaram a fazer parte dessa área, porque registraram ocorrência de epizootia em PNH confirmada laboratorialmente para essa doença.
EPIZOOTIAS – Morte de macaco suspeita de FA Primata não humano, de qualquer espécie, encontrado morto (incluindo ossadas) SEM CAUSA ESCLARECIDA ou doente, em qualquer local do território nacional.
Epizootia confirmada de FA – Morte de primata não humano, de qualquer espécie, com confirmação de FA, por isolamento de vírus ou outra evidência laboratorial.
COLETA DE AMOSTRAS PARA EXAME LABORATORIAL Virologia Sangue (Soro): 0 – 5 dias após o início dos sintomas. Tecidos (óbito): 8 – 24 horas após o óbito. Conservação/Transporte: gelo seco ou congelado a – 70ºC
Sorologia 1ª amostra (IgM/IgG): após 5 – 7 dias do início dos sintomas.
2ª amostra (IgG): 14ª – 30ª dias do início dos sintomas.
Como a coleta de amostras em primatas não humanos requer níveis de biossegurança que nem sempre são encontrados, recomenda-se que o profissional médico veterinário entre em contato com os órgãos responsáveis pela notificação no seu município e obtenha as recomendações corretas para envio do animal para diagnóstico. Recomenda-se ainda que realize download do Guia de Vigilância de Epizootias em Primatas não humanos e Entomologia aplicada à vigilância da Febre Amarela para maiores informações.
BRASIL – Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância de epizootias em primatas não humanos e entomologia aplicada à vigilância da febre amarela, 2Ed, Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
Pelo sexto ano consecutivo o SINDILEITE-BA, Sindicado das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Leite do Estado da Bahia, comemorou junto com a população de Salvador o Dia Mundial do Leite, instituído em 2001 pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU).
Foi montada umaexposição com degustação de produtos feitos na Bahia para o café da manhã de transeuntes que se exercitavam na praia de Jardim de Alah.
Na exposição tinha leite, queijos, manteiga, iogurtes entre outros derivados e alguns alimentos preparados com leite, como mingaus e pães. Muitas pessoas conheceram os produtos feitos no estado e verificaram que são tão bons quanto as marcas nacionais.
O evento foi prestigiado pela Presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia, CRMV/BA, MV Ana Elisa Almeida
e pela Superintendente da Autarquia, a zootecnista Isa Meireles, que é especialista em leite. Para a doutora Ana Elisa, comparecer a um evento deste sinaliza apoio ao trabalho dos produtores e” mostra a importância do trabalho do médico veterinário e do zootecnista na produção de qualidade e na sanidade.”
O foco da ação de hoje foi conscietizar para a importância do consumo de leite para a saúde. Além da degustação, os participantes puderam fazer exame de glicose e aferir a pressão arterial com estudantes de uma faculdade particular.
A Bahia é o sexto estado brasileiro na produção de leite, com cerca de um bilhão de litros por ano, mas o consumo é bem maior: 1 bi e meio de litros. Com isto, o diretor do SINDILEITE e conselheiro do CRMV/BA, MV Rafael Teixeira, assinala que são necessárias políticas públicas de incentivo à produção e à industrializção da cadeia leiteira.
DESAFIO
Para o MV Rafael Teixeira, que é sócio do Laticínio Dengo, produzir leite no estado é um desafio pelas condições climáticas e estruturais como estradas, oferta de energia elétrica e a logística do beneficiamento. Mas o médico veterinário acredita que após um período dificil , o setor vem evoluindo com segurança.
Ele cita a mudança de modelo capitaneada pela neozelandesa Leitissimo no oeste baiano, que investiu em vacas adaptadas ao clima e ao solo brasileiro, em detrimento do modelo europeu “que é eficiente na Europa”.
Para o futuro, o Sindileite é otimista, pois acredita que o avanço da tecnologia e a mudança na forma de produzir vai garantir maior oferta do produto e seus derivados na mesa do baiano.
O evento desta quinta-feira foi realizado em parceria com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (SEAGRI), a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB) e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB).
Faleceu no dia 24 de maio de 2017 o jovem médico veterinário Dante Sousa Lima. Ele estava internado no Hospital Português, em Salvador , vítima de um AVC, acidente vascular cerebral.
Dante Lima cursou Medicina Veterinária na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, UFRB, e era um profissional interessado em se aprimorar, tendo participado de eventos educativos do CRMV/BA.
Solteiro, Dante Lima deixa o Pai, senhor Valdilson, mãe, senhora Ubaldina e a irmã Vanessa Lima.
A notícia causou comoção na cidade natal dele e entre os amigos, professores e colegas que estudaram com ele na UFRB.
O velório está sendo realizado na residência da família e o sepultamento está marcado para às 16h desta quinta-feira, 25 de maio, em Várzea do Poço, cidade onde a família reside.
A presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia, CRMV/BA, MV Ana Elisa Almeida, esteve nos dias 22 e 23 de maio de 2017 na cidade de Jequié, sudoeste baiano.
Na segunda-feira, 22 de maio de 2017, se reuniu com a Associação de Médicos Veterinários de Jequié, AMVEJ. Antes da reunião, a presidente recebeu a imprensa local.
MV Ana Cláudia, vice-presidente da AMVEJ, lendo a “Oração do médico veterinário”
A reunião, que se estendeu até às 22h15, foi realizada no sindicato rural de Jequié e contou com 25 profissionais, alguns deles vindos de cidades vizinhas como Ipiaú (distante 55 km) e Maracás (distante 90 km). Isto foi festejado pelo presidente da AMVEJ, MV Oscar Vitorino como sinal de coesão regional em torno da profissão.
Os médicos veterinários e a presidente Ana Elisa Almeida discutiram diversos assuntos que trazem preocupação ao bom desempenho da Medicina Veterinária, como educação a distância, atuação de charlatães, e a decisão do Superior Tribunal de Justiça, STJ, sobre a Responsabilidade Técnica. Outros tópicos, como a interdição do único frigorífico de Jequié, também fizeram parte da pauta.
O presidente da AMVEJ, MV Oscar Vitorino, classificou o resultado da reunião como “excelente”. Ele afirmou que diversas dúvidas foram esclarecidas junto ao Conselho e que “os colegas ficaram bastante satisfeitos”.
Na manhã desta terça –feira, 23 de maio de 2017, a agenda da presidente foi formada por visitas a clínicas e a profissionais e uma reunião com o secretário de saúde de Jequié, o vice-prefeito Hassan Andrade Iossef.
Hassan Andrade Iossef, secretário de saúde de Jequié e a presidente do CRMV/BA, MV Ana Elisa Almeida durante a reunião
A presidente Ana Elisa levou para a administração pública de Jequié sua preocupação com a importância do médico veterinário no NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) e foi informada que em breve um concurso público, ainda que seja REDA, vai contemplar esta lacuna. A cidade ainda está estruturando o NASF e o CRMV/BA acredita que o serviço sendo multidisciplinar, com a presença de médicos veterinários, vai trazer um ganho na qualidade no atendimento prestado à população.
Também participaram da reunião o presidente da AMVEJ, MV Oscar Vitorino Mendes e a vice-presidente MV Ana Cláudia Nery Pereira e a ativista MV Camila Calheira.
A presidente do CRMV-BA e o O presidente da AMVEJ fizeram uma exposição de motivos, visando a implantação de um Centro de Controle de Zoonoses – CCZ, em Jequié, cidade de aproximadamente de 180 mil habitantes. O MV Oscar Vitorino defende ainda a imediata recuperação do Canil municipal que segundo relata, funciona de modo inadequado, e também defende uma Lei municipal de Proteção aos animais.
A presidente Ana Elisa Almeida, avaliou esta visita como “uma demanda importante dos colegas da microrregião de Jequié e que ouvi-los de perto é gratificante”. Ela só “lamenta a impossibilidade de fazer isto em todos os municípios do estado”.
À noite, a presidente do CRMV-BA participou da abertura da 38ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Jequié, e 15ª Exposição Nacional. A organização do evento, assinala doutora Ana Elisa, manifestou preocupação com o bem estar animal e tem RT homologada.
Médicos veterinários, zootecnistas e empresários do setor podem entrar em contato com a equipe do CRMV/BA pelo (71) 9 8159-1019.
Sobre a Exposição de Jequié:
A 38ª Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de Jequié e 15ª Exposição Nacional é uma iniciativa do Sindicato Rural de Jequié-SRJ, sistema SENAR/FAEB, em parceria com a Prefeitura Municipal, com o apoio do Governo do Estado da Bahia, através da SEAGRI – Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária, no Parque de Exposições Luiz Braga.
*As fotos que ilustram a matéria foram gentilmente cedidas pelos participantes dos eventos
A UESB, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Jequié, fez uma homenagem a oito professores que se aposentaram recentemente.
Entre os agraciados estava o médico veterinário e professor Oscar Mendes Vitorino, presidente da Associação de Médicos Veterinários de Jequié, AMVEJ. Após a cerimônia realizada no dia 25 de abril de 2017, Dr. Oscar fez um texto (leia abaixo) no qual explica a emoção por ter sido lembrado pelos seus pares.
Também foram homenageados os professores:
Adervan Gonçalves da Silva
Adroaldo Raimundo da Silva Freitas
Ana Angélica Leal Barbosa
Eunice Nunes Freitas.
Marluce Galvão Barreto
Paulo Roberto Velasco Bastos
Raimundo José Almeida de Oliveira Pinto
=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=
Texto do Dr. Oscar Vitorino M. Mendes:
UMA JUSTA HOMENAGEM!
Num período em que o país vive um dos seus piores momentos, mergulhados numa crise que nos deixa a todos perplexos, eis que no último dia 25 de abril, o Departamento de Ciências Biológicas e a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia,campus de Jequié, realizaram uma sessão especial para parabenizar aos oito (08) professores recentemente aposentados do seu quadro, e eu estava entre eles, com muito orgulho, pelo trabalho e dedicação aos objetivos determinados em prol da Instituição Universitária ao longo de mais de trinta e cinco anos. Sem dúvida, foi uma reunião muito bonita e, na oportunidade, compareceram todos os professores homenageados.
Na verdade, quando chega o dia da esperada aposentadoria, sentimentos opostos se confundem em nosso íntimo. A princípio, uma alegria enorme por termos, enfim, recebido oficialmente a declaração de que já cumprimos o compromisso assumido nos melhores anos da nossa juventude. Logo em seguida, vem a tristeza por nos privarmos tanto da convivência diária com amigos conquistados e colegas de trabalho quanto do exercício da atividade profissional dignificante que, por décadas, garantiu nosso sustento e ocupou a maior parte do nosso tempo.
Entretanto, a aposentadoria deverá ser um período de novas e necessárias conquistas: mais nos cuidados para conosco; um tempo maior para estarmos mais presentes no seio da família; mais oportunidade para estreitarmos laços de amizade que o tempo reduzido inviabilizou; uma grande chance para deixarmos de ser escravos do relógio; enfim, um tempo para seguirmos vivendo de forma desacelerada e para fazermos, de modo responsável, o que tivermos vontade.
Durante a cerimônia, alguns professores da casa usaram da palavra, parabenizando-nos pelo legado que deixávamos, e agradecendo pela dedicação ao trabalho, realizado com tanto entusiasmo, mesmo num momento tão difícil da nossa Universidade. Apesar da crise, era imperativo proporcionar aos alunos a oportunidade de se sentirem pessoas capazes de cultivar os seus sonhos e alcançar os seus objetivos.
Também alguns professores homenageados fizeram uso da palavra, expressando a sua satisfação e contentamento pela receptividade e pela história de vida construída durante cerca de tantos anos, transmitindo conhecimentos com responsabilidade e amizade, e auxiliando a construção de muitas vidas.
Assim sendo, nós, professores aposentados homenageados, queremos deixar registrado nosso profundo respeito e nossos sinceros agradecimentos diante do muito que nos foi oferecido, ao tempo em que desejamos todo sucesso e felicidade plena aos nossos substitutos.
Nosso muito obrigado ao Departamento de Ciências Biológicas!
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