Entre os dias 07 a 10 de outubro de 2025, a cidade de Salvador vai receber zootecnistas de todo o Brasil para o 34º Congresso Brasileiro de Zootecnia (ZOOTEC), no Centro de Convenções.
Esta será a primeira vez que a capital baiana hospeda o evento realizado pela Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ).
Na programação estão elencados alguns eventos institucionais a serem realizados no Congresso: Reunião Nacional de Ensino de Zootecnia, Reunião do Conselho Consultivo da ABZ, Fórum de Coordenadores de Cursos de Zootecnia, Fórum de Entidades Estudantis de Zootecnia, Fórum Nacional de Entidades de Zootecnistas, Reunião Nacional de Diretores Estaduais da ABZ e Assembleia Geral Ordinária da ABZ.
Um destes eventos institucionais será realizado no dia 06 de outubro, no auditório Jorge Rubinich, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA).
Com o tema geral de Soluções para um futuro sustentável, o Zootec 2025 manifesta não apenas cuidados com a qualidade do ensino da Zootecnia e com os setores de trabalho dos profissionais, mas também confiança nos avanços da área, como mostra a grade de palestrantes confirmados. Entre profissionais do Brasil, da Colômbia e de Costa Rica, os currículos mostram pesquisadores com passagem pelos Estados Unidos e Europa.
Podem inscrever-se estudantes e profissionais titulados em Zootecnia.
Atualmente na Bahia existem quatro instituições públicas que oferecerem o curso de Zootecnia: Ufba, UFRB, Uesb e IFBaiano.
São 732 zootecnistas inscritos no CRMV/BA destes, 484 são atuantes.
34º Congresso Brasileiro de Zootecnia (ZOOTEC)
Soluções para um futuro sustentável
Dias: 07 a 10 de outubro de 2025
Local: Centro de Convenções de Salvador – Bahia
Sítio oficial: Zootec 2025
Organização: ABZ
Inscrições: clique aqui
IX Simpósio Baiano de Zootecnia – SimbaZoo 2024 ocorreu de 23 a 25 de outubro na Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal da Bahia (EMEVZ/UFBA). Com o tema “Celebrando 15 Anos de Zootecnia na UFBA – Uma Jornada de Conhecimento e Inovação”, o evento teve como principal objetivo estimular debates no âmbito da Zootecnia. A realização do simpósio buscou fortalecer uma agropecuária sustentável e economicamente alinhada às demandas contemporâneas da sociedade e aos desafios ambientais.
Organizado pela Comissão Estadual de Ensino da Zootecnia (CEEZ), com assessoria técnica do Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia da Bahia (CRMV/BA), o evento reuniu os membros da Comissão, profissionais, pesquisadores e estudantes interessados em saber mais sobre a profissão, empregabilidade e inovações no manejo, produção, nutrição e bem-estar dos animais.
Nos pronunciamentos iniciais, o orgulho pelas conquistas nesses 15 anos do curso, como mencionaram os organizadores do simpósio. Na mesa de abertura, o presidente da CEEZ e professor da EMEVZ/UFBA, Flávio Longui, a secretária-geral do CRMV/BA, Maria Tereza Mascarenhas, o Diretor da EMEVZ/UFBA, Rodrigo Bittencourt, e a chefe do Departamento de Zootecnia da EMEVZ/UFBA, Manuela Silva Libânio Tosto.
História de quem faz diferença na profissão
A professora Dra. Maria Vanderly Andrea, uma das primeiras mulheres formadas em Zootecnia no Brasil, falou sobre sua trajetória de vida e suas contribuições para a profissão. Professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Maria Vanderly é uma referência para todos os zootecnistas do país, tendo formado centenas de profissionais que atuam no mercado, desenvolvendo pesquisas na área de genética, de bem-estar animal, de comportamento, entre outras. Maria Vanderly incentivou as mulheres a não temerem o trabalho e a se dedicarem a conquistar seu espaço profissional. “Vão atrás dos seus interesses, porque nada vai cair do céu”, afirmou.
Inspiração para os zootecnistas, a professora contou sobre os desafios que enfrentou como estudante e ao longo de sua carreira. Ela mostrou números sobre a profissão que agrega anualmente ao mercado de trabalho 3.500 novos profissionais. Hoje, ao todo, são 131 cursos de Zootecnia em atividade no Brasil, 74% deles em instituições públicas, com 58,92% de estudantes mulheres. Existem 39 mil zootecnistas no país atualmente, sendo 21,5 mil deles inscritos nos conselhos profissionais, 433 deles inscritos na Bahia. “Sinto muito orgulho quando vejo meus ex-alunos bem colocados no mercado de trabalho. Me sinto muito feliz porque eles estão fazendo por eles e por todos os zootecnistas”, destacou.
Compartilhamento de conhecimento
A palestra do zootecnista Arthur da Silva Pinheiro abordou a fazenda do futuro e a pecuária 4.0, trazendo as principais novidades tecnológicas para otimizar o trabalho e potencializar resultados. As novas tecnologias digitais estão cada vez mais passando a fazer parte do manejo do gado nas fazendas para uma melhor gestão em benefício dos animais e da saúde humana. A zootecnista e consultora nutricional para cães e gatos, Luna Anália, desmistificou conceitos e forneceu orientações sobre ração e alimentação natural para pets. O zootecnista Rodrigo Galli abordou a Avicultura 4.0, destacando a importância da tecnologia e da inovação para transformar a produção avícola.
Inovação e Liderança no Agro foi o tema da palestra da zootecnista Paloma Machado, que contou como o protagonismo jovem está liderando a transformação no agronegócio. Trazendo informações sobre comportamento e fisiologia, a zootecnista Maria Clara Dourado abordou o manejo nutricional de equinos. Para encerrar as palestras do evento, as zootecnistas Taiana e Tatiana Cortez compartilharam ideias sobre a trajetória de inovações na área, mostrando como podemos conectar fronteiras dentro desta ciência.
Na sexta-feira, último dia de simpósio, foi a vez dos mini cursos “Rotina de um zootecnista em um haras de equitação”; “Visita guiada ao Capril Kadosh”; “Introdução a meliponicultora”; “Noções básicas no treinamento de cães”; “Como avaliar animais e garantir bem-estar na produção”; e “Contenção de serpentes”.
A União faz a força
Parabenizando os 15 anos do curso de Zootecnia, o professor Rodrigo Bittencourt mencionou o reconhecimento nacional alcançado. “No último ENADE, recebemos a nota máxima (5), e aguardamos com entusiasmo a nova avaliação realizada no ano passado”, destacou. O professor Flávio Longui falou sobre o peso dessas conquistas. “Esta semana, tivemos mais uma excelente notícia: no Ranking de Cursos de Graduação da Folha, o curso de Zootecnia da UFBA foi novamente apontado como o melhor do Norte e Nordeste, com nota máxima no quesito professores e entre os 12 melhores cursos do Brasil, ao lado de universidades como USP, UNESP, UFV e UFRJ”, ressaltou.
A zootecnista Isa Porto Meireles, assessora técnica do CRMV-BA, comentou sobre a satisfação de acompanhar o evento em sua nona edição. “É muito animador ver colegas que contribuem com as conquistas da nossa profissão e os futuros colegas que levarão à frente esse legado. Precisamos valorizar mais nosso trabalho e nos unir, pois só com união conseguiremos que nossa voz seja ouvida”, afirmou. A fala da assessora técnica do CRMV/BA corrobora com a fala da professora Maria Vandrely, que em sua palestra conclamou zootecnistas para juntos fortalecerem a classe.
O SimbaZoo 2024 ficará na memória dos participantes que puderam aproveitar as palestras, apresentações de trabalhos científicos, com exposição em formato de pôster, e mini cursos, proporcionando uma troca de conhecimentos e experiências entre estudantes de Zootecnia, pós-graduandos em Zootecnia e Ciência Animal, assim como alunos de outros cursos do Centro de Ciências Agrárias, e de instituições parceiras.
Foi realizado entre os dias 17 e 20 de outubro de 2023, o oitavo Simpósio Baiano de Zootecnia (Simbazoo), na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), em Cruz das Almas, com o tema ‘Produção animal de baixo custo e sustentável’. Criado em 2011, o Simpósio se consolidou por discutir temas da atualidade, como a participação das mulheres no mercado de trabalho da Zootecnia, agronegócio e sustentabilidade.
O Simbazoo reúne estudantes e professores das quatro instituições de ensino da Zootecnia no estado: UFRB, IFBaiano Santa Inês, Uesb Itapetinga e Emevz- Ufba, e a edição de 2023 está sendo organizada pelas seguintes organizações: Colegiado de Zootecnia, Programa de Educação Tutorial, Diretório Acadêmico de Zootecnia, Estudantes de Zootecnia, Professores do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da UFRB.
Presentes ao Simbazoo, os membros da Comissão de Ensino em Zootecnia, do Conselho Regional de Medicina Veterinária e Zootecnia do Estado da Bahia, aproveitaram o encontro para realizar uma reunião. Um dos pontos discutidos, foi a curricularização da extensão nos cursos de Zootecnia da UFBA. O próximo Simbazoo será realizado, em Salvador, na Universidade Federal da Bahia.
“Muito importante ter um espaço para a discussão das ações desenvolvidas pelos cursos de graduação em Zootecnia no Estado da Bahia. Tivemos a oportunidade de abordar as diversas ações da curricularização da extensão nos respectivos cursos, pontos positivos e entraves vividos pelas suas particularidades, reforçamos a notoriedade da importância de pelo menos um membro de cada instituição. Estamos ansiosos para a realização do próximo SIMBAZOO, na Universidade Federal da Bahia, onde o curso de Zootecnia completará 15 anos, em 2024”, destacou Flávio Longui, presidente da Comissão.
Durante o evento foram realizadas palestras no período da manhã e mini-cursos no período da tarde. Além disso, houve apresentação de trabalhos científicos (resumo simples), na forma de pôster, com temas relevantes à comunidade. Tudo isso permitiu uma participação e uma integração de estudantes de Zootecnia, de pós-graduação em Ciência Animal e demais cursos do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológica da UFRB, bem como estudantes de outras instituições de áreas afins e produtores rurais.
Para a Assessora Técnica do CRMV/BA, Isa Porto, o evento demonstrou muita organização e ousadia no sentido tecnológico, ao inovar sendo presencial e virtual. “Outro ponto bem importante que devemos destacar foi a apresentação dos trabalhos de extensão que foram apresentados à comunidade, estudantes e professores. Além de promover o desenvolvimento dos estudantes e de todos os integrantes da universidade, também envolveu a população da região. Foi tudo excelente!,” ressaltou.
O presidente do CRMV/BA Altair Santana de Oliveira esteve presente à abertura do evento, dia 17, juntamente com os representantes da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ). Nas falas, o fortalecimento da categoria e a defesa da importância da necessidade de profissionais da Zootecnia se inscreverem tanto no Regional baiano e quanto na ABZ.
A Comissão Estadual de Educação da Zootecnia do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), reuniu-se na última quinta-feira (27), no plenário da autarquia. Participaram os Zootecnistas Analivia Martins (UFBA), Renata Fróes (IF Santa Inês), Daniele Rebouças e Maria Vanderly Andréa, ambas da UFRB e Flávio Longui, Coordenador do curso de Zootecnia da UFBA.
Entre os pontos de pauta, a discussão do VIII Simpósio Baiano de Zootecnia (SIMBAZOO) – 2023. Além disso, a Zootecnista Analívia Martins Barbosa, presidente da Comissão, fez a apresentação do relatório do CONEX, que ela participou em Natal/RN.
Um outro tema abordado na reunião foi que a presidente irá se ausentar para fazer um Pós-Doc nos Estados Unidos e, em função disso, o professor Flávio Longui assumirá a presidência.
Formada por professores de instituições de ensino superior, a Comissão traça estratégias para aproximar o CRMV/BA da Academia. A assessora técnica do Regional baiano, zootecnista Isa Meireles acompanha os trabalhos das comissões e destaca os avanços. “Foi uma reunião extremamente produtiva, na qual a gente pode fazer um resumo da situação geral acadêmica. Hoje, segundo dados da Comissão Nacional de Ensino de Zootecnia (CNEZ), somos 40 mil zootecnistas no Brasil e já temos mais de 120 cursos específicos no país”, ressaltou.
Segundo dados oficiais do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), dos 40 mil profissionais citados pela CNEZ, estão devidamente inscritos, até maio de 2023, mais de 22 mil profissionais de zootecnistas. Na Bahia, até 26 de julho deste ano, são 669 zootecnistas inscritos.
Qual é o total de médicos-veterinários atuando no Brasil? Quantos cursos de Zootecnia estavam em funcionamento, em 2005? Quantas vagas são ofertadas no ensino a distância de Medicina Veterinária? Essas e outras questões agora encontram resposta numa única ferramenta. O painel de inteligência de dados criado pelo médico-veterinário Fernando Zacchi visa facilitar o acesso a informações, como número de cursos de graduação em Medicina Veterinária e Zootecnia, profissionais inscritos, total de vagas etc. De livre uso, a ferramenta já está disponível – os links estão no pé desta reportagem.
Zacchi, que é assessor técnico do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), elaborou o projeto como trabalho de conclusão de seu curso de MBA em Data Science e Analytics, na Escola Superior Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP). Ele explica que a iniciativa surgiu dos questionamentos que recebe, no regional, sobre o número de cursos de graduação e de profissionais inscritos no Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs).
Embora tais dados sobre cursos de graduação e profissionais de Medicina Veterinária e Zootecnia estejam disponíveis em formato de planilhas, era necessário acessá-los, no mínimo, em dois sites diferentes, fazer alguns filtros e cálculos para obter o resultado.
“O que me motivou foi a vontade de construir um painel bem visual e interativo para que qualquer cidadão pudesse acessar essas informações de maneira fácil, sem precisar se debruçar sobre planilhas para identificar onde estão os cursos e os profissionais distribuídos pelo país”, detalha.
A ferramenta apresenta o número de cursos de Medicina Veterinária e de Zootecnia que já iniciaram suas atividades, distribuídos pelas unidades da Federação, podendo ser filtrados pelo ano de início, pela modalidade de ensino, pela categoria pública ou privada e pela nota no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), realizado pelo Ministério da Educação (MEC). Além disso, um outro painel, exibido como se fosse uma segunda página, mostra o número de profissionais inscritos nos CRMVs.
“É possível cruzar alguns dados por meio dos filtros. Por exemplo, é possível selecionar um ou mais estados para visualizar o número de cursos e vagas existentes (segurando a tecla Ctrl e clicando na sigla do estado no menu esquerdo). Também é possível selecionar os dados em cada caixa de diálogo e obter, por exemplo, os cursos de instituições públicas com nota máxima no Enade. Tudo isso filtrando por ano ou período de abertura do curso”, cita Zacchi.
Inteligência de dados permitirá propostas
O painel com dados sobre cursos de graduação e profissionais de Medicina Veterinária e Zootecnia criado pelo médico-veterinário poderá ser um auxiliar no diagnóstico e em propostas para a melhoria na formação de futuros profissionais. Ele poderá, por exemplo, ser utilizado pelas comissões de ensino, quando consultadas para efetuarem a análise de aberturas de cursos, sendo um instrumento adicional para demonstrar, entre outros tópicos, o excesso de cursos existentes em uma determinada região geográfica. “É possível, ainda, demostrar de maneira fácil a quantidade de vagas existentes na mesma região e uma linha do tempo da abertura de novos cursos naquela área”, ilustra.
Está disponível no painel, ainda, que apesar de haver 536 cursos de Medicina Veterinária autorizados a funcionar no país, 476 já tiveram seu início efetivo. “Embora haja mais cursos com seu funcionamento autorizado, alguns deles há mais de 10 anos, optei pelo recorte dos já atuantes, o que possibilita estabelecer um filtro por linha do tempo e atualizar os dados na medida em que esses cursos autorizados entrarem em atividade”, explica Zacchi.
Para o assessor técnico do CRMV-SC, o painel atende, no momento, ao seu propósito inicial, podendo os dados serem atualizados periodicamente. Ele não descarta a possibilidade de adicionar novas funcionalidades à ferramenta, quando houver disponibilidade de mais dados que possam integrá-la. Vale reforçar, o acesso e a consulta ao painel sobre cursos de graduação e profissionais de Medicina Veterinária e Zootecnia são livres.
“O intuito é disponibilizar essas informações a todos os regionais que queiram manter essa informação em seus portais de transparência”, conclui Zacchi.
A vice-presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA), Rebeca Ribeiro, representou o regional na abertura do seminário “Desenvolvimento Pessoal & Desafios pós-formatura”, realizado pelo Centro Acadêmico de Zootecnia (CAZ) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), para comemorar o Dia do Zootecnista, celebrado nesta sexta-feira (13).
O encontro reuniu profissionais da Zootecnia atuantes nas mais diversas áreas em apresentações que mostraram aos estudantes o que o mercado espera do zootecnista. Diretor da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade, Rodrigo Bittencourt destacou, em seu discurso, a amplitude e a importância dos zootecnistas na produção de alimentos e apostou na valorização do profissional como principal caminho para o reconhecimento social. “A Zootecnia hoje é uma profissão que não cabe mais nas leis vigentes devido à sua modernização e amplitude. É uma profissão belíssima, pela grandeza, pela importância e merece todas as comemorações”, pontuou.
Destacando o compromisso social do CRMV-BA, Rebeca Ribeiro lembrou a importância dos zootecnistas para a sua formação e ressaltou o papel da Zootecnia na cadeia de produção e bem-estar animal.
“Durante toda a minha vida acadêmica eu fui orientada por zootecnistas. A Zootecnia é uma profissão que capacita a gerar e a aplicar conhecimento científico no manejo e criação de animais, objetivando o aumento da produtividade. Então, é inquestionável a importância da Zootecnia para a sociedade, para o meio ambiente e para a saúde. O CRMV-BA tem o compromisso com a sociedade de regulamentar a profissão para garantir que os profissionais em atuação ajam em conformidade com a lei e dentro das linhas que preconizam a inovação, a sustentabilidade e o bem-estar animal e, por toda essa importância, o CRMV-BA reconhece, admira e parabeniza o zootecnista pelo seu dia”, sentenciou, sentenciou.
Campanha
Ainda em seu discurso, a vice-presidente apresentou a campanha comemorativa lançada pelo Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária. A campanha mostra as diferentes áreas de atuação do zootecnista e a importância dele para o agronegócio, para a sociedade e para o meio ambiente, além de destacar a vocação do profissional para a gestão do agronegócio e como o zootecnista desenvolve tecnologia no campo, trabalhando no melhoramento genético dos animais, gerenciando práticas de manejo que proporcionem o bem-estar dos animais, além de ser o responsável por elaborar uma nutrição balanceada, que atenda às necessidades de cada espécie.
“É uma campanha nacional, veiculada por todo Sistema que vai até o dia 30 de junho e conta com ações patrocinadas nas redes sociais como o Youtube, Twitter, Facebook e Instagram, além de spot para rádio e um vídeo institucional que está sendo exibido pelo Canal Rural. Aqui na Bahia o CRMV-BA ainda anunciou nos dois principais jornais em circulação no estado; em nove outdoors, sendo dois em Salvador, três em Vitória da Conquista, dois em Itapetinga e dois em Cruz das Almas e está com o spot da campanha em veiculação na rádio Band News Fm”, explicou.
Orçada nacionalmente em R$ 400 mil, a campanha intitulada “Conte com o Zootecnista”, teve ainda o investimento de R$ 30 mil do CRMV-BA para promover e divulgar a Zootecnia no estado. As peças e o conceito estão disponíveis em um hotsite exclusivo, a partir de hoje (13 de maio).
A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), publicou edital de concurso público com cinquenta vagas para o cargo de Professor da Carreira do Magistério Superior, duas delas no colegiado de Zootecnia.
Para a área de atuação em Anatomia Animal, está sendo demandado o seguinte perfil: graduação em Zootecnia ou Medicina Veterinária, com Doutorado
A outra vaga é para a área de atuação em Forragicultura e Pastagens e o/a candidato/a deve ter graduação em Zootecnia, ou áreas afins, com Doutorado em Zootecnia.
As inscrições podem ser feitas até o dia 04 de maio de 2022, pela internet. As informações completas estão no edital, no cronograma e no conteúdo programático.
Entre os dias 17 e 19 de agosto, a sede do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em Brasília, recebeu o I Fórum dos Zootecnistas Membros do Sistema CFMV/CRMV. Por conta da pandemia de covid-19, o evento foi realizado de forma híbrida, contando com a participação de 70 zootecnistas dos conselhos regionais, metade presencialmente e a outra, de forma remota por meio de videoconferência.
O zootecnista Luis Fernando Batista Pinto, conselheiro do CRMV/BA (camisa azul), representou o Regional baiano no evento
Foi a primeira vez que o Sistema realizou um fórum com todos os seus zootecnistas. Na abertura, o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida, ressaltou que a iniciativa é fruto de trabalho pioneiro da Câmara Técnica de Zootecnistas (CTZ/CFMV). “Temos relacionamento amigável com todos os integrantes da câmara, trabalhamos em harmonia, com conduta ética profissional e respeito, em prol do avanço do agronegócio brasileiro”, disse.
Amigo do saudoso professor Octávio Domingues, uma das referências na Zootecnia brasileira, o presidente lembrou que presenciou o nascimento da profissão e foi testemunha do projeto de criação da primeira escola do Rio Grande Norte. “Somos duas profissões importantes para o Brasil e para o mundo. Temos a obrigação de caminharmos juntos, evoluir para as convergências em harmonia. O conselho é nosso e não podemos errar. Precisamos discutir o avanço das profissões para que sejamos melhores prestadores de serviços para a sociedade”, pontuou.
Para além das memórias, a história se fez viva com a presença do zootecnista Pedro Adair Fagundes dos Santos. “Estamos aqui com um dos primeiros zootecnistas do Brasil. Pedro se formou com a primeira turma de Zootecnia, em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, em 1970”, homenageou o presidente da CTZ, Wendell Lima Melo. Com 51 anos de carreira, o veterano teve a oportunidade de experimentar uma novidade. “É a primeira vez que piso no CFMV. É uma alegria participar das decisões e ter oportunidade de trabalhar pela segurança profissional”, saudou.
O presidente da CTZ destacou o momento inovador para o Sistema e os zootecnistas, pelo evento ser recebido pela primeira vez na sede do CFMV, com o compromisso de ouvir a representação. “Queremos saber o que está sendo feito e propor soluções para dialogar e apontar caminhos de crescimento conjunto. A sociedade precisa de todos os profissionais para fazer do Brasil a potência que ele pode ser”, enfatizou Melo.
O coro foi reforçado pela presidente da Comissão Nacional de Educação em Zootecnia (CNEZ/CMV), Ana Cláudia Ambiel, na abertura do fórum. “É importante mostrar a força e a participação dos zootecnistas que estão no Sistema. A Zootecnia sai mais fortalecida após o evento. Que seja apenas o início de uma jornada contínua”, acrescentou. Em seguida, a professora apresentou o balanço dos trabalhos realizados pela comissão, desde o início da gestão 2017-2020 até o mandato atual.
Programação
O primeiro dia de fórum foi marcado por apresentações das zootecnistas que integram comissões do CFMV. Além da CNEZ, Elisa Osmari demonstrou os trabalhos da Comissão Nacional de Bem-Estar Animal (Cobea/CFMV); Verônica Vianna falou sobre a Comissão Nacional de Animais Selvagens (CNAS/CFMV); enquanto a atuação do grupo de trabalho de Responsabilidade Técnica ficou a cargo de Jovelina de Oliveira.
Na sequência, os participantes foram divididos em grupos de trabalho (GTs) para debater a atualização da Lei nº 5.550, de 4 de dezembro de 1968, que dispõe sobre o exercício da profissão de zootecnista. Os GTs trabalharam na construção de uma minuta de projeto de lei que modernize o regramento.
“A lei é muito generalista e de cinco décadas atrás. Precisamos de uma legislação mais contemporânea, condizente com as inovações do mercado e com as competências específicas da profissão, que permitam ao zootecnista atuar com ética e segurança”, disse o presidente da CTZ.
Mesa-redonda
No último dia, o fórum promoveu amplo debate sobre a visão atual e as perspectivas da classe. O presidente da Associação Brasileira de Zootecnistas (ABZ), Marinaldo Divino Ribeiro, participou da mesa-redonda e realçou a necessidade de efetivar com propriedade a ordem de relação entre as duas profissões. Para ele, o fórum demonstrou o fortalecimento concreto das relações institucionais de trabalho em conjunto entre a Zootecnia e a Medicina Veterinária.
“Mais do que nossas demandas individuais, devemos apresentar pautas do coletivo de zootecnistas pela defesa intransigente dos direitos e deveres dos profissionais, em benefício da harmonia entre as profissões e da pecuária brasileira”, disse.
O representante da NK Assessoria Parlamentar, Napoleão Salles, falou sobre o ambiente político-institucional e explicou que a criação de conselhos profissionais depende de lei de iniciativa do Presidente da República. O presidente da ABZ entende que ainda não é o momento de criação do Sistema de Conselhos Federal e Regionais de Zootecnistas, mas espera contar com o futuro apoio do Sistema CFMV/CRMVs, quando o projeto realmente for viável.
O médico-veterinário Fernando Zacchi, assessor técnico da presidência do CFMV, foi convidado a falar sobre as pautas e ações que envolvem os zootecnistas dentro do Conselho Federal e como integrar as duas profissões dentro do Sistema. Segundo ele, as resoluções têm sido construídas na base do diálogo e que faz parte da atividade regulatória administrar as divergências. “Viver com o conflito e com o debate sobre as opiniões discordantes faz parte do dia a dia do Conselho Federal. É da natureza da nossa atividade lidar com discussões, mas sempre pautadas em argumentos técnicos e juridicamente fundamentados”, afirmou.
A vice-presidente do CFMV, Ana Elisa Almeida, encerrou o fórum emocionada com a realização de um evento inédito em 53 anos de existência de Sistema e de testemunhar como a CTZ está trabalhando com afinco na busca de soluções e avanços. “O CFMV é nosso e a Zootecnia faz parte dele. Devemos conviver de forma harmônica. Cada profissional, dentro de suas habilitações, deve buscar a construção de um país cada vez mais forte e, em conjunto, contribuir para a missão social de alimentar o mundo”, disse.
Ouvindo as sugestões finais, a vice-presidente ficou de levar para a próxima Câmara Nacional de Presidentes, de 25 a 27 de agosto, em Natal (RN), a proposta de criação de Câmaras Técnicas de Zootecnia nos CRMVs, bem como fomentar outras edições do fórum de forma institucionalizada no Sistema, confirmando a decisão da Diretoria Executiva do CFMV.
Assessoria de Comunicação do CFMV (com alterações da Ascom CRMV/BA)
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV-BA) lança na próxima sexta-feira (21), a segunda temporada do projeto #Saúde. O programa será exibido na Band Bahia (canal 7), nos dias 21, 26, 28 e 31 de maio no intervalo do programa “Jogo Aberto” e disponibilizado nas redes sociais do CRMV-BA na sequência.
O objetivo segue sendo o mesmo da primeira temporada: falar de saúde de um jeito fácil e prático, levando para a população informações e conhecimento sobre o trabalho dos médicos-veterinários e zootecnistas.
Serão mais quatro programas com formato dinâmico e três minutos de duração, abordando a importância e participação do médico-veterinário e do zootecnista na saúde humana e animal. Na nova temporada os programas vão abordar a importância da Medicina Veterinária; a atuação dos médicos-veterinários na vigilância ambiental e epidemiológica; o trabalho dos médicos-veterinários e zootecnistas em pesquisas que impactam diretamente na saúde e na vida humana e a atuação dos médicos-veterinários na Inspeção de alimentos.
A cada programa, especialistas vão esclarecer dúvidas e explicar o papel dos médicos-veterinários e zootecnistas em ações que fazem parte do dia a dia da população e que, em sua maioria, não é notado. O episódio de estreia vai mostrar a importância da Medicina Veterinária, considerada essencial para a humanidade pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A pandemia em curso no mundo tem mostrado cada vez mais a necessidade da medicina preventiva realizada pelos médicos-veterinários, profissionais fundamentais para prevenir e controlar o surgimento de zoonoses com potencial pandêmico, como é o caso da covid-19.
“O médico-veterinário é um profissional da saúde. Ele atua diretamente na medicina preventiva ao fiscalizar a qualidade e a inocuidade, garantindo a segurança dos alimentos de origem animal que vão para a mesa da população. Atuam também em pesquisas científicas, inclusive sobre a covid-19. São mais de oitenta as áreas de atuação desse profissional. Ou seja, o trabalho não se resume à atividade clínica. Na outra ponta temos os zootecnistas que também são protagonistas das nossas conquistas na produção animal de qualidade, com respeito ao bem-estar animal e a sustentabilidade, garantindo resultados de produção e produtividade cada vez maiores, em menor espaço de tempo e com melhoramento genético. É essa importância e esse trabalho exercido por esses profissionais que queremos mostrar à população com esses programas na TV aberta”, destaca Altair Santana de Oliveira, presidente do CRMV-BA.
O exame foi realizado em 2019 e divulgado oficialmente em dezembro de 2020
Os cursos de Medicina Veterinária e de Zootecnia da Bahia obtiveram resultados de destaque no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que avalia a performance dos concluintes da graduação.
Aplicada a cada três anos desde 2004, a prova é obrigatória para a emissão do histórico escolar, sendo confeccionada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (Mec). Atualmente, pelo site do e-mec, são 26 cursos de Medicina Veterinária e 06 de zootecnia autorizados no estado.
O presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia (CRMV/BA), Altair Santana de Oliveira, comentou os resultados: “vivemos momentos difíceis que interferem diretamente na qualidade dos cursos de medicina veterinária e zootecnia, como: a proliferação desenfreada de faculdades, o EAD e agora a pandemia. Ver cursos da Bahia com notas altas e se destacando no país nos enche de alegria e esperança. Precisamos lutar muito para garantir um ensino de qualidade e essas faculdades demonstram que, em meio a tantos problemas, é possível, que há condições de fazer melhor e alcançar a excelência. Com muito orgulho eu dou meus parabéns e desejo que todas elas mantenham a qualidade e, sejam o bom exemplo a ser seguido. Aplausos de pé!”, enaltece o gestor do Regional baiano.
A seguir veja um pouco mais sobre essas instituições vitoriosas.
No Enade 2019 o número cinco foi de brilho para o curso de Zootecnia da Escola de Medicina (Emevz), da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Obteve a nota máxima, cinco, no Enade, um degrau acima do exame anterior, quando havia obtido a nota 4, com isso ficou entre os cinco melhores cursos do país.
Apenas cinco cursos de Zootecnia no Brasil alcançaram o ápice e no nordeste, a Ufba foi a única instituição a conseguir esse patamar.
São 22 docentes (foto acima), todos doutores, um deles é o professor doutor Gregório Camargo (foto abaixo), coordenador do curso de Zootecnia, que está na Ufba desde 2016. Pesquisador na área de Genética Molecular Aplicada ao Melhoramento Animal, Camargo ocupa pela segunda vez a coordenação do curso, tendo sido reconduzido ao cargo recentemente.
Zootecnista, Gregório Camargo explica que a nota do Enade envolve o desempenho dos concluintes e esses obtiveram boas notas, “mostrando a qualidade dos zootecnistas que estão sendo formados e a qualidade do ensino”, afirma.
Outro componente destacado é a qualidade da estrutura física da unidade de ensino e as fazendas experimentais. Ele ainda assinala que os docentes são envolvidos em atividades de pesquisas e que essas pesquisas, por sua vez, ajudam a captar recursos para serem usados em laboratórios ou insumos.
Hoje o curso de Zootecnia da Ufba tem cerca de 200 alunos (parte deles na foto acima), ingressando por volta de 30 a 35 estudantes a cada semestre e formando entre 07 a 08 também a cada semestre.
Alcançar a nota máxima foi um desafio, pondera Camargo, pois faltam verbas na universidade pública aumentando a dificuldade em manter a grade de ensino “mas ainda assim, conseguimos oferecer uma educação de qualidade”.
A boa notícia já foi comemorada informalmente entre alunos e professores, sendo levada oficialmente à Congregação da Ufba pelo coordenador no último dia 17 de dezembro de 2020.
Referência
Presidente da Comissão de Ensino em Zootecnia do CRMV/BA, Analívia Barbosa (foto abaixo), também professora doutora do curso de Zootecnia da Ufba festeja “é um curso novo, de 11 anos e já conseguimos um reconhecimento. Temos uma equipe de professores engajados, dedicados”. Ela foi vice-coordenadora do curso e disse que o resultado superou as expectativas “surpreendeu, a gente não esperava essa conquista tão rápida, mas como trabalhávamos pra isso, foi muito gratificante. Não só o 5 mas, principalmente sermos entre os 5 melhores do país e o 1º do Nordeste. Somos referência”, comenta a professora.
Analívia Barbosa não acredita que o patamar atual seja um teto “ainda temos muito o que crescer”, afirma. E detalha o papel do CRMV/BA no processo “temos outros cursos de Zootecnia que atendem à Bahia, que é um Estado muito grande, são cursos de qualidade e mantemos contato junto a Comissão de Ensino do CRMV, a fim de equalizar as diretrizes”.
Diretor executivo do CRMV/BA e professor doutor da Emevz-Ufba, o médico-veterinário Rodrigo Bittencourt também celebra o rendimento dos cursos baianos “para nós, do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia, é muito importante saber que temos cursos cumprindo o seu papel de formar profissionais com excelência. É o Conselho que habilitará o exercício profissional e atuará como Tribunal de Honra na fiscalização e no cumprimento dos preceitos éticos e do bom exercício profissional médico-veterinário e zootécnico. Assim, é muito bom saber que temos cursos no estado que estão entre os melhores do Brasil.”
Ao término da prova, o coordenador do curso de Medicina Veterinária da UniFTC em Feira de Santana, médico-veterinário Gustavo Brandão (de capelo branco na foto durante solenidade em janeiro de 2019), doutorando em Biotecnologia, disse que notou que o desempenho dos seus concluintes tinha ultrapassado as expectativas e que esperava algo bom, mas a nota 4 foi surpreendente.
No exame anterior, o curso recebeu nota 2. Notando isso, em 2019, a coordenação do curso decidiu envolver professores e estudantes para a importância do exame “todos abraçaram o Enade, tivemos aulas de revisão aos sábados e até à noite”, relata Gustavo Brandão.
IDD
Coordenando o curso de Medicina Veterinária desde 2010, ele conta que hoje são 325 alunos, ingressando a cada ano entre 30 a 35 primeiranistas.
Além do progresso na nota, o coordenador ressalta ainda o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) obtido pela instituição, que basicamente compara como o aluno entrou na instituição [via Enem -Exame Nacional do Ensino Médio-] e como saiu [verificado pelo Enade]: “isso nos deixa muito felizes, mostra que temos interferido positivamente na vida do aluno”, declara o coordenador. Ele ainda completa “às vezes temos alunos muito jovens, imaturos e com dúvidas se estão no curso que realmente desejam e conseguimos educá-los bem”.
Ele destaca ainda que “a nota geral do nosso curso ficou 5. A nota do Enade foi 4, mas com as outras médias e pontuações do curso, ficamos com a nota geral 5”, pontua.
Outro resultado relevante veio da cidade de Feira de Santana; o curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anísio Teixeira (Fat) alcançou a nota 4 no Enade.
Fundada há 20 anos, hoje a Fat tem 14 cursos. O de Medicina Veterinária foi criado há sete anos e já está formando a quarta turma. No total são cerca de 400 alunos no curso e 23 alunos concluintes de 2019 se submeteram ao Enade.
Médico-veterinário, o coordenador do curso, professor Márcio Reis fala da preocupação com a qualidade do corpo docente: são 29 professores com titulação de mestres e doutores, sendo que quase 40% deles são doutores, escolhidos por, além da titulação, possuírem experiência acadêmica prévia.
Laticínios
Márcios Reis elenca a estrutura do curso, que tem prática com grandes e pequenos animais. Para as aulas com os grandes, a faculdade tem uma propriedade de quase duzentas tarefas, que era uma fazenda de leite. Hoje é um laticínio experimental que tem também bovinos, caprinos, suínos.
Dentro da cidade, os alunos tem aulas em uma clínica-escola de pequenos animais em Feira de Santana.
O coordenador do curso garante que a nota 4 “faltou pouco para nota cinco”.
Primeira vez
Essa foi a primeira experiência do curso no Enade e o coordenador mostra que tem apetite para chegar mais longe “ficamos felizes, mas queremos obter a nota cinco, vamos continuar com nosso trabalho, com humildade, mas tendo esse objetivo, sempre pensando em crescer e melhorar, fornecer um ensino de qualidade aos nossos alunos. Já conversamos com a direção o que pode ser melhorado no curso”, relata empolgado.
O curso-mãe de todos os demais do estado, criado em 1951, o de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia hoje é coordenado pelo médico-veterinário Professor doutor Thadeu Mariniello Silva. Cria da Emevz, ele conta que ficou satisfeito com a nota 4.
Thadeu Mariniello Silva relata que ocorreram problemas em edições passadas, como a baixa adesão dos discentes, que podem apenas assinar o nome e entregar o exame. Isso não tem penalidade para o estudante, mas baixa o score da instituição.
Como consequência da nota do Enade de 2013, o curso chegou a receber visita de técnicos do Ministério da Educação, que avaliaram a estrutura física e a matriz curricular.
Depois de um trabalho de conscientização, em 2016, a classificação que era 142º no Brasil subiu para 75º e em 2019, “sem qualquer curso preparatório”, ressalta Thadeu Mariniello, o curso alcançou a posição 18º.
Composição
A nota obtida pelos estudantes é 20% do total da avaliação: “possuir mestres e doutores formam mais 30% da nota. Note que 90% dos nossos professores têm esses títulos acadêmicos”, explica Mariniello.
Depois de tudo tabulado (notas de alunos, titulações dos docentes, estrutura física etc) ocorreu um decréscimo inesperado de 18º e primeiro do Norte, Nordeste e Centro Oeste para 31º.
Resultados desde 2010:
44º em 2010
142º em 2013
75º em 2016 e
31º em 2019, representando resultados ascendentes
Fazendas e hospital
Entre algumas considerações trazidas pela avaliação, o professor teoriza se o fato das federais serem a primeira opção da maioria dos estudantes no Enem não pressiona a qualidade de entrada para cima, baixando o IDD (a diferença entre entrada e saída da faculdade) o que compromete a nota de algumas escolas no país.
Mantida a nota 4, agora o curso de Medicina Veterinária deseja analisar a planilha, compreender como os dados são colhidos e o que significa cada um deles. Isso vai ajudar a definir as prioridades e postura frente ao próximo exame. Porém, “mais importante que uma avaliação é ressaltar os itens considerados valorosos para o curso”, diz Thadeu. Ele explica: “hoje, poucas universidades no país possuem três fazendas experimentais como temos na Ufba. Nossa escola tem essa gama de opções muito variada. Nosso hospital veterinário é atuante e muito procurado pela comunidade”.
Criada em 2013, a Universidade Federal do Oeste da Bahia (Ufob), tem o curso de Medicina Veterinária no campus da cidade de Barra, às margens do Rio Grande, situada a 676 km de Salvador.
Em 2020, a Ufob formou a primeira turma de médicos-veterinários tendo alcançado nota 4 no Enade.
A coordenadora do curso de Medicina Veterinária, médica-veterinária Larissa José Parazzi, atribui o bom resultado ao “esforço de tod@s: professores, técnicos, terceirizados, além de tod@s que trabalham na administração no campus Barra e em Barreiras. Tod@s estão envolvidos”, afirma taxativa e inclusiva.
No entendimento dela, essa posição no ranking não traz maior responsabilidade para o corpo docente, pois “confirma que estamos no caminho certo para continuar e fazer nosso trabalho cada dia melhor, enfrentando as dificuldades e levando ensino de qualidade aos estudantes. Sem dúvida, é um estímulo para buscarmos a nota máxima”, esclarece.
Atualmente são cerca de 234 estudantes e 18 concluintes fizeram o Enade pelo curso de Medicina Veterinária da Ufob.
Jairo Torres, diretor do campus e ex-coordenador do curso, falou do sentimento gerado pela boa colocação “Considerando que somos um curso novo [criado em 2014, no ano seguinte à fundação da Ufob], e esta foi nossa primeira avaliação de ENADE, recebemos com muita felicidade e senso de responsabilidade e prudência. Felicidade pois entendemos que estamos no caminho certo, mas com responsabilidade e prudência, pois sabemos que temos muito a melhorar, sobretudo no que tange à Infraestrutura Física do curso e ajustes metodológicos aos novos desafios”, pondera.
Ele cita a localização geográfica do curso e concorda com a professora Larissa que a nota é uma êxito de todos “esse resultado, junto a avaliação de nível 4, que recebemos ano passado na visita presencial do MEC, é uma conquista de todos(as): estudantes, apoio terceirizado e técnicos administrativos em educação e professores. Nos deixa ainda mais orgulhosos, considerando as dificuldades de estarmos em uma cidade pequena do sertão baiano, longe dos grandes centros urbanos”.
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